Angu do Gomes | Diário do Porto

Angu do Gomes

O Angu do Gomes é a mais conhecida atração gastronômica do Largo São Francisco da Prainha, ou simplesmente Largo da Prainha, lugar de agitação jovem e de circulação de foliões durante os blocos de rua da região. Além do clássico angu com miúdos, o cardápio tem versões contemporâneas com carne moída, frutos do mar e – yes, nós temos – opção vegetariana. É o que se pode chamar de adequação às novas demandas.


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Tradição, sabor e sustança. São as forças do angu. Foto: Reprodução Facebook

Trazido pelos escravos, o angu chegou ao Brasil onde hoje é o Porto Maravilha. Tempos depois, o alimento foi descrito pelo pintor francês Debret, a serviço da Corte Portuguesa por aqui, como iguaria suculenta e gostosa, um prato forte, de alto valor nutritivo e de rápida integração à culinária nacional.

Em 1955, primeiro ano do governo Juscelino Kubitschek, o Rio de Janeiro, capital da República,  voltava a sorrir após a tragédia do ano anterior, quando o presidente Getúlio Vargas se matou. Nas ruas da cidade, o português Manuel Gomes teve a grande ideia de vender a poderosa iguaria em carrocinhas. Simples e genial. 

Foi quando a marca “Angu do Gomes” começou a se fixar na cabeça do carioca. Espalhou-se entre ricos e pobres e nunca mais foi esquecida. A proposta era simples, vender angu em carrocinhas, mas a marca Angu do Gomes acabou se consolidando como um dos exemplos mais bem acabados de negócios familiares que se adaptam aos tempos sem perder a essência.

O Restaurante Angu do Gomes está de volta no mesmo local que, de mercado negreiro, se transformou em centro de boemia, palco das primeiras rodas de samba e de capoeira da cidade. Une a comida popular à boa música, tudo sob a batuta de Basílio, presidente de honra da Casca – Confraria dos Amigos do Samba, Choro e Angu, militante da memória gastronômica e identitária da cidade.

O Angu do Gomes é a mais conhecida atração gastronômica do Largo São Francisco da Prainha, ou simplesmente Largo da Prainha, lugar de agitação jovem e de circulação de foliões durante os blocos de rua da região.

Além do clássico angu com miúdos, o cardápio tem versões contemporâneas com carne moída, frutos do mar e – yes, nós temos – opção vegetariana. É o que se pode chamar de adequação às novas demandas.

Confira aqui a matéria especial que o DIÁRIO DO PORTO fez com o neto do Sr. Gomes e um dos sócios do restaurante, Rigo Duarte.

Veja a entrevista completa também em vídeo aqui e no nosso canal do YouTube,