Velha Guarda da Portela vira Patrimônio Imaterial do Rio | Diário do Porto


Carnaval

Velha Guarda da Portela vira Patrimônio Imaterial do Rio

No mesmo ano em que comemora 100 anos de existência, velha guarda da Portela recebe título da Prefeitura do Rio

23 de março de 2023

Em homenagem ao centenário, a Portela desfilou com o enredo "O azul que vem do infinito" (foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Mesmo sem o título do Carnaval, a Portela comemora, no ano do seu centenário, outro feito: a velha guarda da escola de samba foi declarada Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial da cidade do Rio de Janeiro. O decreto foi publicado pelo prefeito Eduardo Paes no Diário Oficial do município na terça-feira, dia 21.

Maior campeã do carnaval carioca, a Portela reúne 22 títulos ao longo dos 100 anos de existência. No texto oficial, a prefeitura do Rio destaca “a importância social, cultural e econômica” da agremiação para a “preservação da memória e da história do samba e do carnaval carioca”.

Em dezembro de 2021, a escola recebeu o título de Patrimônio Imaterial e Cultural do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Lei n° 9.505.


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Neste Carnaval, a Portela levou o enredo “O azul que vem do infinito” para a Sapucaí – uma homenagem ao centenário. Embora tenha passado por problemas técnicos e terminou classificada na décima colocação, a azul e branca ganhou dois Estandarte de Ouro. A velha guarda teve destaque no desfile nas primeiras alas.

Portela e tradição

Idealizada por Paulinho da Viola em 1970, a Velha Guarda da Portela foi formada com  ex-membros da escola. O álbum de estreia, “Portela Passado de Glória”, foi produzido pelo músico, padrinho da ala. O grupo original incluía Ventura, Aniceto, Alberto Lonato, Francisco Santana, Antônio Rufino dos Reis, Mijinha, Manacéa, Alvaiade, Alcides Dias Lopes, Armando Santos e Antônio Caetano. O sucesso da Velha Guarda resultou em apresentações e a retomada de sambas e sambistas antigos da escola.