Lar de povos Tamoio, Tupiniquim e Temiminó, ponto de chegada para imigrantes e local de trabalho e lazer para gerações. Espaço onde se fundou uma cidade colonial, que recebeu o maior número de africanos escravizados nas Américas, e berço do samba. Todas estas histórias se passam na Região Portuária do Rio de Janeiro, e são contadas pelo livro “Um Porto para o Mar”, publicado pela Editora Sapoti. Vendas a partir de R$35.
“Um Porto para o Mar” é de autoria de Daniela Chindler, Flavia Rocha, Gil Cardoso e Mariana Rigoli, e tem revisão histórica de Rodrigo Lauriano. Ao longo de 104 páginas, o livro relembra a contribuição de diversos portos, ancoradouros e trapiches da Baía de Guanabara, século por século, até 2024.
Ao longo dos capítulos, “Um Porto para o Mar” mostra marcos da cidade que têm importância nacional: o surgimento do Carnaval, na época colonial conhecido como entrudo; a transferência da capital do Brasil para o Rio de Janeiro; o crescimento do porto da Baía de Guanabara; a inauguração do Cais do Valongo; a chegada da Família Real; e, finalmente, as mudanças na cidade promovidas por Pereira Passos, incluindo a inauguração oficial do Porto do Rio, em 1910.
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“O livro é uma oportunidade de voltar ao passado para conhecer personagens que formaram a cidade do Rio de Janeiro, como Tia Ciata, Augusto Malta, João do Rio, André Rebouças”, conta Daniela, idealizadora do projeto.
“Um Porto para o Mar” encerra sua viagem em 2024, e relembra que no século 20, a região do Centro deu as costas para a Baía de Guanabara, cercando o Porto e mantendo apenas uma abertura com as barcas da Praça 15. No século 21, a cidade redescobre o Cais do Valongo, que se torna um importante sítio arqueológico. O viaduto da Perimetral é demolido e, assim, é possível a revitalização da Região Portuária.
A obra é pontuada pelas ilustrações de Camilo Martins, que começa o livro inspirado em mapas antigos e moderniza os traços conforme a história evolui. “As ilustrações são repletas de colagens, texturas e maresia”, conta Camilo, que também é pesquisador sobre religiões de matrizes africanas.
“Um Porto para o Mar” é realizado por meio da Lei Municipal de Incentivo à Cultura da cidade do Rio de Janeiro (Lei do ISS), patrocinado pela Praticagem do Estado do Rio de Janeiro e produzido pela MaisArte Marketing Cultural.