Na Glória, palacete está à venda por R$ 30 milhões | Diário do Porto


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Na Glória, palacete está à venda por R$ 30 milhões

Palacete São Cornélio, de 1862, está sendo vendido pela Santa Casa. Novo proprietário terá que restaurar o imóvel, que sofre com o abandono

14 de maio de 2024

Palacete São Cornélio tem terreno de 5.000 metros quadrados em que novo comprador poderá edificar (foto: Diário do Rio)

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O Palacete São Cornélio, na Glória, está à venda por R$ 30 milhões. Pelo valor, o novo proprietário terá o direito de construir na área de 5.000 metros quadrados da propriedade, desde que faça a restauração do palacete principal, concluído em 1862 e tombado pelo pelo Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), em 1938.

O imóvel, em estilo neoclássico,  foi erguido no século 19 para ser a residência de João José Ribeiro da Silva, um rico comerciante do Império. Depois que ele morreu, seus filhos venderam a casa ao banqueiro João Martins Cornélio dos Santos, que era benfeitor da Santa Casa de Misericórdia, que recebeu o imóvel de herança na morte dele, em 1894.

Localizada no número 6 da Rua do Catete, a casa é considerada a primeira da elite carioca construída com acesso direto à calçada, sem jardim ou terreno na frente. Os jardins ficavam nos fundos, que é a área em que um possível comprador poderá construir novas instalações. 

O empresário Claudio Castro, dono da Sérgio Castro Imóveis, uma das mais respeitadas empresas do setor imobiliário do Rio, foi nomeado no ano passado como mordomo dos prédios da Santa Casa, cargo que lhe permite administrar os bens da instituição e, quando há interesse de sua diretoria, fazer a venda de imóveis. Ele afirma que já houve interessados na compra e que espera novas propostas.

Palacete tem restauração orçada em R$ 500 mil

“A parte boa é que já existe um projeto de restauro do Palacete, feito pelo Iphan. Custaria uns R$ 500 mil”, afirma o empresário. A restauração poderá dar fim ao aspecto de abandono em que está o imóvel, com sua fachada cheia de pichações e vidros quebrados nas janelas. Na parte interna, a deterioração já compromete as paredes e ameaça os grandes painéis pintados no teto, com cenas da Guerra do Paraguai (1864 a 1871).

Antes de decidir vender o palacete, a Santa Casa o alugou para a Faculdade Souza Marques, entre 1971 e o ano 2000. Desde a saída do inquilino, o imóvel sofre com a degradação. Agora, espera que um novo dono possa recuperá-lo e com isso valorizar também o bairro em seu entorno, a Glória, local de vários prédios históricos que precisam da atenção da iniciativa privada e dos Poderes Públicos.


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