O Instituto de Pesquisa e Memória Pretos Novos – Museu Memorial fica no Sítio Arqueológico Cemitério dos Pretos Novos, na Zona Portuária – ou Porto Maravilha. Os nomes compridos batizam o pequeno e emocionante cemitério de escravos que funcionou entre as últimas décadas do século XVIII e as primeiras do XIX.
No Cemitério dos Pretos Novos foram enterrados os corpos de africanos que perdiam a vida antes de ser comercializados, muitos deles adolescentes ou crianças, os “pretos novos”.
O Instituto dos Pretos Novos divulga a memória do cemitério e a história dos escravos na região do Porto Maravilha. Há outras joias arqueológicas no local, como um “sítio de contato” entre tupinambás e europeus e um sambaqui, com fósseis neolíticos de indígenas.
O Rio de Janeiro foi o mais importante porto de desembarque de africanos do Brasil e do mundo. Pelo Cais do Valongo passaram centenas de milhares de cativos. Eles ficavam em quarentena no Lazareto antes de seguir para o mercado de escravos da Rua do Valongo.
Com o fim da escravidão, a região atraiu negros de todas as partes, e virou a Pequena África brasileira, palco de rodas de samba, ranchos carnavalescos, cultos de matriz africana e capoeira, além de revoltas como a da Chibata e a da Vacina.
A revitalização da Região Portuária, com investimentos de mais de R$ 5 bilhões até agora, aconteceu em função da preparação da cidade para os Jogos Olímpicos de 2016. O projeto agrega a abertura de grandes espaços para construções contemporâneas ao resgate e valorização de sítios arqueológicos e raízes culturais dos afrodescendentes.
A estação do VLT mais próxima é a Utopia AquaRio, a uns 500 metros. Na Orla Conde, entre pela Rua Antônio Lage. Ali pertinho, no número 80 da Rua Pedro Ernesto, fica o Centro Cultural José Bonifácio (ver atração).