O Aeroporto de Macaé, no Norte Fluminense, deu mais um passo rumo à modernização de sua infraestrutura com a inauguração, nesta terça-feira (18), de sua segunda pista de pousos e decolagens. A nova pista tem 1.410 metros de extensão e permitirá a operação de aeronaves de maior porte, como o modelo Boeing 737-800. Apesar do avanço, ainda não há previsão para a retomada dos voos comerciais regulares de aviões no terminal, que segue operando exclusivamente com helicópteros, em viagens offshore para plataformas de petróleo.
Para a volta dos voos de aviões de passageiros, o aeroporto depende de articulações com companhias aéreas e do avanço de tratativas locais.
Com investimento de R$ 220 milhões da concessionária Zurich Airport Brasil, a obra foi concluída em dezembro de 2024, seis meses antes do prazo previsto no contrato de concessão. Depois da conclusão, começou o processo de homologação, necessário para a inauguração oficial. A cerimônia contou com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, representantes do Governo do Estado do Rio, da Prefeitura de Macaé e do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), além da diretoria da Zurich Airport e do consórcio responsável pelas obras.
Durante o evento, o presidente do Inea, Renato Jordão, entregou à concessionária a Licença Ambiental de Operação da nova pista, autorizando o início das atividades no local.
Macaé operou 41,6 mil voos offshore mesmo com obras no aeroporto
Desde o início das obras, em junho de 2023, o aeroporto manteve suas operações regulares com helicópteros, fundamentais para o setor de óleo e gás da Bacia de Campos. Nesse período, cerca de 41,6 mil voos offshore foram registrados, consolidando o terminal como o principal hub logístico da indústria petrolífera na região.
Premiado em abril deste ano pelo Programa de Excelência e Eficiência Operacional da Petrobras, o Aeroporto de Macaé segue reconhecido como o melhor aeródromo terrestre do país voltado à aviação offshore. Agora, a expectativa da concessionária e do poder público local é que a nova pista ajude a impulsionar o turismo e a economia regional, com a reativação dos voos comerciais.