Ameaçada, população de mico-leão-dourado cresce no RJ | Diário do Porto


Meio Ambiente

Ameaçada, população de mico-leão-dourado cresce no RJ

Conservação da espécie será celebrada com exposição no Parque Ecológico Mico-Leão-Dourado, em Silva Jardim, e novo mirante

14 de agosto de 2023

Em 2023, a espécie conta com 4,8 mil indivíduos (Foto: Andreia Martins/Divulgação)

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Em agosto, é comemorado o Dia Nacional do Mico-Leão-Dourado, e o Rio de Janeiro tem mais um motivo para celebrar. Em quatro anos, a população do mico-leão-dourado quase dobrou, segundo a Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD). Para fortalecer ainda mais o trabalho dos pesquisadores estão nos planos novas atrações no Parque Ecológico Mico-Leão-Dourado de Silva Jardim, a 112 km ao norte da cidade do Rio, além de uma exposição e um projeto de plantio.

A espécie passava por perdas desde 2017, após um surto de febre amarela. A doença reduziu a população de mico-leão-dourado em 32% em dois anos. Neste mês, a AMLD comemora o crescimento da espécie de 2,5 mil indivíduos, em 2019, para 4,8 mil, em 2023.

Como parte do trabalho de conservação, a AMLD vai inaugurar no parque ecológico um mirante, duas estruturas para facilitar a observação da fauna e da flora da região, e uma exposição permanente, batizada de Casa do Mico.


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As visitas ao Parque Ecológico ocorrem de quinta-feira a sábado. O agendamento pode ser feito no site micoleao.org.br.

“Foi um risco muito grande que estávamos correndo. Mas, felizmente, agora com o novo levantamento, constatamos que esse surto está sob controle, e a população voltou a aumentar”, afirmou o secretário-executivo da AMLD, o geógrafo Luís Paulo Ferraz.

A Casa do Mico será inaugurada em setembro. O espaço interativo busca explicar a história dessa espécie ainda ameaçada.

Silva Jardim: casa do mico-leão-dourado

Segundo o pesquisador, a região de Silva Jardim é a única onde existe esta espécie. O objetivo da AMLD é criar uma área de floresta grande, protegida e conectada, para que os micos possam sair da lista de espécies ameaçadas. Além disso, o parque também busca recuperar a Mata Atlântica, melhorar as condições ambientais da região e potencializar as atividades de educação ambiental.

Para fortalecer a floresta, o projeto também prevê o plantio de palmito juçara (Euterpe edulis) e outras espécies nativas em dez hectares de Mata Atlântica.