No Rio, durante a Web Summit, a Embraer anunciou que deve testar até o fim deste ano o seu modelo de Evtol (sigla em inglês para veículo elétrico de pouso e decolagem vertical). Esse novo tipo de transporte aéreo, chamado de “carro voador”, é uma evolução dos atuais helicópteros, para uso principalmente urbano.
No futuro, a Embraer acredita que será possível permitir a operação simultânea de até 200 Evtols na cidade do Rio de Janeiro e até 300, na cidade de São Paulo. As aeronaves, que poderão voar sem piloto, serão gerenciadas por um sistema de controle de tráfego exclusivo para elas.
Uma viagem da Barra até o Aeroporto do Galeão, no Rio, poderá ser feita em dez minutos, diz a empresa, com zero emissão de poluentes. Um estudo de operação feito pela própria Embraer indicou um preço a partir de R$ 99 para o trajeto Barra/Galeão.
A Embraer, que controla a startup Eve, criada para desenvolver o Evtol brasileiro, é a líder mundial em encomendas para esse novo veículo, com 2.850 unidades reservadas por vários países. Entre as companhias que já fizeram encomendas estão a United Airlines, Kenya Airways, Helisul e outros 25 interessados. Outras empresas de tecnologia e de construção aérea também estão concluindo seus projetos para modelos de Evtol, numa corrida com a Embraer.
O modelo de Evtol da Embraer utiliza um propulsor elétrico alimentado por motores elétricos duplos. A empresa diz que o sistema tem baixo custo operacional, menos peças, estruturas e sistemas otimizados, sendo desenvolvido para oferecer eficiência com baixo ruído. Nesse último quesito, o novo veículo responde a uma das grandes críticas aos helicópteros no Rio, vistos como causadores de poluição sonora em suas rotas pela cidade.
Daniel Moczydlower, CEO da Embraer-X, braço de inovação e aceleradora da fabricante de aviões, foi quem fez o anúncio sobre o início dos testes da Eve. No Rio, ele disse que o diferencial da empresa brasileira, em relação a outras startups de carros voadores, é a bagagem de mais de 50 anos da engenharia da Embraer com foco em transporte de passageiros civis.
Ele afirma que a ideia é que a Eve seja eficiente para chegar a um nível de preço para que qualquer pessoa possa utilizar esse novo meio de transporte, com preços razoáveis e ganho de tempo.
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