Milagre, títulos e rivalidade: 15 anos do Fluminense após a Libertadores | Diário do Porto


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Milagre, títulos e rivalidade: 15 anos do Fluminense após a Libertadores

O Fluminense vive bom momento em campo e surge em 2023 como um dos favoritos ao título nas casas de apostas esportivas

5 de abril de 2023

O Flu surge em 2023 como um dos favoritos ao título nas casas de apostas esportivas

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Parece que foi ontem, mas já se passaram quase 15 anos desde que o Fluminense disputou sua primeira e única decisão de Copa Libertadores. Desde aquele 2 de julho de 2008, a equipe passou por altos e baixos, escapou de um rebaixamento após reação histórica, levantou taças e se consolidou como uma das principais forças do futebol carioca nas últimas temporadas.

No torneio continental, o Tricolor das Laranjeiras participou de mais cinco edições desde então, não passou das quartas de final em nenhuma delas, mas surge em 2023 como um dos favoritos ao título nas casas de apostas esportivas, cotado a 18,00 caso levante o caneco. Mais importante que isso, o Flu vive bom momento dentro de campo e tem sido elogiado por suas atuações.

Embalado pelos gols do artilheiro Germán Cano, a recuperação técnica de Paulo Henrique Ganso, o estilo de jogo do técnico Fernando Diniz e de contratações de peso como a do lateral-esquerdo Marcelo, o Fluminense tenta repetir nesta temporada o sucesso no torneio sul-americano, voltar a conquistar grandes títulos e bater de frente com o maior rival.

Milagre no Brasileirão de 2009

Um ano depois de ser finalista da Libertadores, o Fluminense viveu um grande susto no Campeonato Brasileiro. Com uma campanha bem aquém do esperado, o time frequentou a zona de rebaixamento até a parte final da competição e chegou a ter 99% de chances de queda para a Série B, segundo cálculos de especialistas. Mas o Time de Guerreiros lutou contra todos os prognósticos e protagonizou uma recuperação inesquecível na tabela.

Com sete vitórias e quatro empates nos últimos 11 jogos, o Tricolor conseguiu se manter na primeira divisão com apenas um ponto a mais do que o primeiro time do Z4, o Coritiba, graças a um empate por 1 a 1 no confronto direto, na casa do adversário, na rodada derradeira.

Os títulos nacionais de 2010 e 2012

Como num roteiro de filme, o milagre de 2009 foi apenas o início de uma fase vencedora do Fluzão. Logo no ano seguinte, os cariocas mantiveram o embalo e conquistaram o título do Brasileirão, quebrando um jejum de 26 anos no principal torneio do país. O argentino Dario Conca e o técnico Muricy Ramalho foram os grandes nomes daquela campanha.

Terceiro colocado em 2011, a equipe voltou a erguer o troféu da Série A em 2012, desta vez sob o comando de Abel Braga e os gols de Fred, artilheiro da competição com 20 bolas na rede. Àquela altura, o Tricolor já era visto com uma das principais forças do futebol brasileiro, colecionando campanhas de destaque no cenário nacional.

As conquistas no Estadual

Assim como no Brasileirão, o Fluminense levantou duas vezes o troféu do Campeonato Carioca desde a temporada 2008, em 2012 e 2022. O primeiro deles veio após os triunfos por 4 a 1 e 1 a 0 sobre o Botafogo. Já no ano passado, uma vitória por 2 a 0 e o empate por 1 a 1 contra o Flamengo deram ao Flu o seu 32º título estadual.

Maracanã
O Fla-Flu voltou a ser a maior rivalidade técnica do Rio de Janeiro nas últimas temporadas

O Tricolor, inclusive, é o único time a conseguir bater os rivais rubro-negros em uma final de Carioca desde 2013. Com duelos marcantes e disputados no Maracanã, o Fla-Flu voltou a ser a maior rivalidade técnica do Rio de Janeiro nas últimas temporadas, período em que o Flamengo se tornou, ao lado do Palmeiras, a equipe a ser batida no Brasil e na América do Sul.

Campanhas na Libertadores

Quando atingiu a final da Copa Libertadores em 2008, o Fluminense disputava apenas pela terceira vez em sua história a competição continental. Nas outras duas, em 1971 e 1985, sequer havia superado a fase de grupos. Desde então, o Tricolor Carioca voltou ao torneio em cinco oportunidades, sempre como um dos protagonistas, chegando às rodadas mais agudas do torneio em quatro delas.

Em 2011, ficou pelo caminho nas oitavas de final, enquanto em 2012, 2013 e 2021 parou nas quartas, sempre em confrontos equilibrados, decididos nos detalhes, contra Libertad (PAR), Boca Juniors (ARG), Olimpia (PAR) e Barcelona (EQU), respectivamente. Já em 2022, os paraguaios do Olimpia tiraram o Flu ainda na terceira fase eliminatória, que antecede o estágio de grupos.