Mata Atlântica diminui desmatamento em 2023 | Diário do Porto


Meio Ambiente

Mata Atlântica diminui desmatamento em 2023

O índice de redução no desmatamento da Mata Atlântica é superior à média nacional, e ações governamentais ajudam na tarefa

6 de dezembro de 2023

A Mata Atlântica se estende por 17 estados brasileiros. (Foto: Freepik.com)

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Estudo feito pelo SOS Mata Atlântica indica queda de 66% no desmatamento da Mata Atlântica no Rio de Janeiro entre janeiro e agosto de 2023. Os índices desciam desde o início do ano, e dados do boletim do Sistema de Alertas de Desmatamento (SAD) mostram que o índice de redução fluminense é superior à média nacional, de 59%.

Neste ano, o Rio teve 123 hectares de área da Mata Atlântica desmatada, em 54 situações. O número é menor que o índice dos primeiros 8 meses de 2022, que mostrou que 367 hectares foram desmatados durante 125 ações. Os projetos governamentais Florestas do Amanhã e Olho no Verde são iniciativas que impulsionam a preservação florestal no estado.

A Mata Atlântica se estende por 17 estados brasileiros e cobre cerca de 17% do território fluminense. A floresta é lar para mais de dois terços da população brasileira, e segundo o MapBiomas, é constituída por mais de 2,8 milhões de fragmentos espalhados pelo país. Destes, mais da metade tem até 10 hectares.


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Projetos na Mata Atlântica

O Florestas do Amanhã foi anunciado em 2021, durante a COP 26, quando o governo fluminense declarou a intenção de elevar a cobertura florestal de Mata Atlântica no estado de 30% para 40%, até 2050. O projeto pretende recuperar 1.100 hectares a partir da compensação ambiental, e promete plantar 2,5 milhões de árvores em 20 unidades de conservação e outras áreas prioritárias para conservação no RJ.

Foi desenvolvido pela Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro (SEAS) e tem como foco inicial a restauração florestal na região da Bacia Hidrográfica da Baía de Guanabara. O programa recebeu recursos iniciais de R$79 milhões, depositados no Fundo Mata Atlântica, e em junho de 2023 foi anunciado um novo edital, com investimento de R$25 milhões para projetos de recuperação nos municípios de ltaboraí, Tanguá, Guapimirim, Magé, Cachoeiras de Macacu, Niterói, São Gonçalo, Maricá e Rio Bonito. 

Olho no Verde

O Olho no Verde, criado em 2016, é outra iniciativa da SEAS, junto ao Instituto Estadual do Ambiente (INEA) e a UFRJ. A meta era atingir o marco zero no desmatamento ilegal na Mata Atlântica até 2018, e embora não tenha sido alcançada, o projeto foram realizou mais de 1,2 mil ações de fiscalização nos últimos 7 anos, e confirmou a supreção ilegal da floresta.em 70% das vezes. 

O projeto faz o monitoramento sistemático de uma área de 7 mil km², através de imagens via satélite, capazes de detectar até mesmo o corte de uma árvore. As informações são transmitidas às equipes de fiscalização, e permitem que o Inea embargue remotamente a licença dos proprietários dos territórios onde ocorrem o desmatamento ilegal. As informações podem ser transmitidas aos serviços cartoriais, e podem limitar até os benefícios fiscais e acesso ao sistema financeiro.