Mais três antas chegam à Reserva Ecológica de Guapiaçu | Diário do Porto


Sustentabilidade

Mais três antas chegam à Reserva Ecológica de Guapiaçu

Antas integram projeto que reintroduz a espécie no Estado do Rio, onde foram extintas há cem anos. Reserva é área que recebe visitantes

19 de janeiro de 2023

Antas, que chegam à Reserva Ecológica de Guapiaçu, vieram de São Paulo (foto: Divulgação)

Compartilhe essa notícia:


Mais três antas serão reintroduzidas na Reserva Ecológica de Guapiaçu (Regua), em Cachoeiras de Macacu. Elas fazem parte de um projeto que tenta trazer novamente para o Estado uma espécie que foi extinta no Rio há mais de cem anos. As antas são os maiores mamíferos terrestres da América do Sul e são conhecidas pela capacidade de espalhar sementes, o que contribui para a recuperação de florestas.

Os animais que devem chegar nesta sexta-feira, 20/1, são duas fêmeas e um macho trazidos de zoológicos do Estado de São Paulo, que irão se juntar a 14 animais da mesma espécie, sendo 10 vindas de outros Estados e 4 nascidas na própria reserva, graças ao projeto de reintrodução.

A Reserva Ecológica de Guapiaçu é uma área que aceita visitantes para passeios de um dia ou para hospedagem, recebendo com frequência pesquisadores e turistas interessados em caminhadas de observação da natureza. Os interessados podem ter mais informações em https://regua.org/contact-us/

A ação, liderada pelo Refauna, em parceria com o BioParque do Rio, o Instituto de Ação Socioambiental, a Petrobras e a Reserva Ecológica de Guapiaçu, prevê a viagem de translocação, a ambientação em recintos pré-soltura e o monitoramento desses animais após a soltura. O Refauna recentemente virou uma associação, composta por pesquisadores da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), UFRRJ, IFRJ, PUC-Rio e Universidade Estácio de Sá.

Antas são os jardineiros da floresta

A chegada das três novas antas visa aumentar a presença da espécie no local. A reintrodução na natureza é muito importante, pois as antas estão classificadas como vulneráveis à extinção, com perda de 30% de suas populações nas últimas três décadas, devido à caça, atropelamentos e à perda e fragmentação de habitat.

Esses mamíferos são considerados como “jardineiros das florestas” porque fazem a dispersão de sementes e a poda de ramos e herbáceas, contribuindo para um plantio natural em meio à natureza. No Estado do Rio de Janeiro, o último registro de antas foi em 1914, no Parque Nacional da Serra dos Órgãos.

Ao chegarem a Cachoeiras de Macacu, as antas passarão por uma ambientação para se aclimatem ao novo ambiente em que passarão a viver, além de receberem e se adaptarem ao colar de telemetria que auxilia no monitoramento pós-soltura. A soltura total na natureza acontecerá em março.

 


LEIA TAMBÉM:

Petrópolis prepara-se para comemorar 180 anos

Feriados de 2023: dicas de 12 viagens pelo RJ sem repetir destino

Hotéis do Rio aplaudem ida de Freixo para a Embratur