Paulista diz que morador do Rio não pode ver uma fila que entra nela. Há sempre uma diante do Museu do Amanhã, mas não é por causa dessa suposta mania carioca. Em dois anos, o ícone máximo do Porto Maravilha recebeu mais de 2 milhões de visitantes e firmou-se entre as cinco maiores atrações do Rio de Janeiro, junto com Corcovado, Pão de Açúcar, praias e Carnaval. Vale muito a pena. A boa aqui, para evitar perder até mais de uma hora na fila sob suas imensas estruturas suspensas, é comprar o ingresso pelo site. As gratuidades (quarta a sexta) também podem ser garantidas online: estudantes da rede pública (até o Ensino Médio), professores da rede pública (incluindo universidades), pessoas até 5 anos e a partir de 60, acompanhante necessário de pessoas com deficiência, funcionários de museus e guias de turismo. Na terça-feira, a entrada é gratuita para todos, mas só pode ser retirada diretamente na bilheteria, sem ingresso online. A acessibilidade é total.
A arquitetura ousadíssima do espanhol Santiago Calatrava se inspirou nas bromélias do Jardim Botânico, mas avança como pássaros psicodélicos em balanços de 65 metros na direção do mar e de 70 metros rumo à Praça Mauá, coração da revitalização da primeira cidade olímpica da América do Sul. A estrutura metálica de 15 mil metros quadrados é cercada por espelhos d’água e jardins do escritório Burle Marx, com vista para a Baía de Guanabara, o edifício A Noite (primeiro arranha-céu da América Latina), o Mosteiro de São Bento, uma das mais importantes construções barrocas do país, e o incrível Museu de Arte do Rio (MAR).
Mais visitado do Brasil, o Museu do Amanhã é bem diferente dos outros, não só pelo formato improvável. Ele é mais amanhã do que museu. A bromélia monumental de Calatrava abriga ideias, explorações e perguntas sobre o imponderável e sobre o que podemos fazer pela espécie e o planeta. Fala do manejo de átomos, microrganismos artificiais, alterações climáticas, dimensões artísticas e culturais que envolvem nossas escolhas para os próximos 50 anos. É museu militante da ciência e da inovação.
A Exposição Principal ocupa o segundo andar e leva você a percorrer cinco áreas: Cosmos, Terra, Antropoceno, Amanhãs e Nós, com mais de 40 experiências disponíveis em português, espanhol e inglês.
Outra sugestão importante é: vá de VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos, também feito para a Rio 2016, que faz a integração entre todos os modais de transporte do Centro: passa por aeroporto, rodoviária e estações do metrô, da Supervia e das barcas para Niterói. Embarcar neste bonde super moderno do Porto Maravilha é parte do roteiro para abrir a mente do turista para o Amanhã. O Museu do Amanhã é uma iniciativa da Prefeitura do Rio com a Fundação Roberto Marinho. Tem o Santander como Patrocinador Master e a Shell como mantenedora. A gestão é do Instituto de Desenvolvimento de Gestão (IDG).