O Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão, termina 2023 com a expectativa de ter alcançado uma movimentação de 7,9 milhões de passageiros, o que significa um crescimento de 35% em relação ao ano anterior.
Boa parte desse resultado se deve ao movimento entre 20 de dezembro e 1º de janeiro de 2024, com cerca de 530 mil pessoas passando pelos terminais de desembarque e embarque, em viagens no Natal e Ano Novo. O número é 86% maior do que o registrado no mesmo período no ano passado. Esse movimento vem com as operações de 2.423 voos domésticos e 1.022 internacionais, o que representa, respectivamente, 134% e 34% a mais que em 2022.
O desempenho positivo é celebrado pela concessionária RIOgaleão, que espera um crescimento ainda maior durante 2024. E tudo é fruto de um movimento que, nos últimos dois anos, mobilizou vários setores econômicos e dos moradores do Estado do Rio em defesa do Galeão, que vinha sendo esvaziado em benefício de aeroportos de outros Estados, principalmente de São Paulo.
Galeão fortalecido traz R$ 4,5 bilhões
Para se ter uma ideia da importância do Galeão para a economia do Estado do Rio, uma pesquisa da Firjan aponta que o seu esvaziamento significa a perda de pelo menos R$ 4,5 bilhões no PIB estadual. Essa riqueza vinha sendo drenada para Estados vizinhos por um erro de política pública, por falha na regulação do espaço aéreo da cidade do Rio.
A maior vitória dessa mobilização do Rio ocorreu no início de novembro passado, quando, após várias pressões, o Governo Federal regulamentou a limitação dos voos no aeroporto Santos Dumont para 6,5 milhões de passageiros anuais. Com essa medida, boa parte dos voos desse aeroporto está migrando para o Galeão, em movimento que vai se intensificar no próximo ano.
A limitação do Santos Dumont em favor do Galeão veio na forma de uma segunda resolução do Ministério dos Portos e Aeroportos. Em agosto, o mesmo Ministério já havia restringido o Santos Dumont para voos com um raio máximo de 400 km, excluindo aeroportos internacionais de outros Estados.
Essa primeira resolução foi substituída pela segunda, depois de sofrer contestações de setores prejudicados pela possível recuperação do Galeão. Nesta semana, o ministro Benjamin Zymler, do Tribunal de Contas da União, decidiu que a primeira resolução também é um ato legal, constituindo-se em política pública legítima.
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