O Carnaval injetou R$ 2,35 bilhões na economia do Rio de Janeiro, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ) com 1.400 turistas estrangeiros e brasileiros, entre os dias 5 e 19 de fevereiro. O estudo aponta a importância do turismo doméstico e mostra que uma política de atração poderia garantir a presença de turistas brasileiros durante o ano todo. Paulistas e mineiros representam 45% desse público no Rio.
Foram entrevistados 791 turistas estrangeiros e 609 nacionais no levantamento da Fecomércio. Entre os brasileiros, os paulistas somaram mais de um quarto do total (25,3%), seguidos dos mineiros (20%) e gaúchos (13,3%). Paulistas e mineiros são visitantes de Estados com alto poder aquisitivo, que formam a maior parte dos turistas brasileiros para destinos nacionais ou internacionais. Além disso, estão localizados nas fronteiras do Estado do Rio, em distâncias que muitas vezes podem ser percorridas de carro ou ônibus, sem o alto custo de passagens aéreas. Esse é o público para lotar o Rio em qualquer época do ano.
Por outro lado, durante o Carnaval a pesquisa da Fecomércio também apontou a presença de muitos turistas estrangeiros, com destaque para os vizinhos da Argentina, 16,3% do total, seguidos dos norte-americanos (13,1%) e dos chilenos (12,5%). Esse é um público mais instável, que flutua segundo as condições econômicas de seus países e do Brasil, além de levar em conta a disponibilidade de voos internacionais, que costumam ser regulados pelas companhias aéreas conforme as demandas de verão e inverno nos hemisférios.
Fecomércio mostra fidelidade dos turistas ao Rio
Outro fator importante apontado pela Fecomércio é a fidelidade dos turistas ao Rio. Dos entrevistados, 58,1% disseram que já tinham visitado a cidade em ocasiões anteriores. E 27,7% dos turistas reincidentes disseram que estiveram na cidade mais de dez vezes.
As atrações turísticas mais visitadas, segundo a Fecomércio, ficaram dentro do esperado: Cristo Redentor foi o mais citado (62,6%), seguido do Pão de Açúcar (48%) e das praias (18,6%). Em seguida vêm o Sambódromo (14,9%) e o Maracanã por 9,4%.
A cidade do Rio foi usada como plataforma para explorar outros destinos no Estado por um em cada três turistas. Os destinos mais cotados, pela ordem, foram Armação de Búzios, Arraial do Cabo, Angra dos Reis, Cabo Frio e Paraty. Sobre a segurança pública, 42,6% tinham expectativa “muito negativa” antes de vir. Mas quando já estavam no Rio, 59,3% disseram estar “satisfeitos ou muito satisfeitos”, contra 16,9% que ficaram “insatisfeitos ou muito insatisfeitos”.