BNDES lança concurso para arquitetos negros na Pequena África | Diário do Porto


Inovação Social

BNDES lança concurso para arquitetos negros na Pequena África

Iniciativa busca propostas para intervenções urbanísticas e valorização da identidade negra na zona portuária do Rio

25 de março de 2025

O projeto do Distrito Cultural pretende integrar e revitalizar esses espaços, promovendo um turismo histórico e cultural voltado à ancestralidade afro-brasileira (foto: Juan Siqueira/Divulgação)

Compartilhe essa notícia:


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou nesta sexta-feira (21) o edital do Concurso BNDES Pequena África, destinado a arquitetos e urbanistas negros. O anúncio ocorreu no Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. O objetivo é selecionar propostas de intervenções urbanísticas para o Distrito Cultural da Pequena África, na zona portuária do Rio de Janeiro.

Participaram do lançamento as ministras Anielle Franco (Igualdade Racial), Margareth Menezes (Cultura), Macaé Evaristo (Direitos Humanos e Cidadania), além da diretora de Pessoas do BNDES, Helena Tenório. Estiveram presentes também a deputada federal Benedita da Silva e os presidentes da Fundação Palmares, João Jorge Rodrigues dos Santos, e da Embratur, Marcelo Freixo.

As propostas podem incluir soluções arquitetônicas, estratégias de mobilidade urbana, ações culturais e educativas, além de narrativas tecnológicas. O concurso faz parte do projeto de estruturação do Distrito Cultural Pequena África, coordenado pelo Consórcio Valongo Patrimônio Vivo.

Premiação do Concurso BNDES Pequena África

O vencedor receberá R$ 78 mil. O segundo colocado ganhará R$ 39 mil, enquanto o terceiro receberá R$ 13 mil. Helena Tenório, diretora de Pessoas do banco, reforça que o banco tentará aproveitar todas as propostas.

O concurso, além de beneficiar arquitetos negros, é um compromisso em resgatar a memória e cultura afro-brasileira. “Por isso, o BNDES está revolucionando por estar reconhecendo a história de um povo pobre mas um povo digno”, afirma a deputada federal e primeira senadora negra do país, Benedita da Silva.

Pequena África como museu a céu aberto

O assessor da presidência e coordenador da Iniciativa Valongo, Marcos Motta, afirmou que o concurso apoia o compromisso assumido pelo Brasil junto à UNESCO. A ideia é transformar a região em um museu a céu aberto, promovendo desenvolvimento econômico e cultural.

Dentro dos eixos previstos pelo edital, além dos arquitetos, existe espaço para arqueológos, comunicadores, designers e historiadores. As inscrições estão abertas, e você pode acessar clicando aqui até as 23h59 do dia 15 de maio para propostas individuais ou coletivas que estejam conectadas com a realidade e a cultura local.


LEIA TAMBÉM:

Lagoa do Açu mostra vestígios jesuítas do século 16

Feira Rio Artes 2025 agita o Centro do Rio, entre 9 e 13 de abril

Recuperação do manguezal no Caju faz um ano e fauna reaparece