As duas principais instituições ligadas ao comércio do Rio de Janeiro, a ACRJ e o Sistema Fecomércio RJ, iniciaram um projeto de valorização da arte com exposições no Centro da cidade. A primeira delas é a exposição Maria Martins: obra em destaque, com a escultura Galo Gaulês I. A obra faz parte do acervo cultural da Casa de Mauá, formado ao longo dos 213 anos de sua atuação, e ficará em cartaz até o dia 31 de maio, na sede da ACRJ, situada na Rua Candelária, 9.
O objetivo das duas entidades é aproximar o público da obra de Maria Martins, na marca dos 50 anos da morte da artista e os 67 anos de sua visita ao espaço para inaugurar a escultura. Nascida em Campanha, Minas Gerais, e criada em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, Maria Martins é uma importante artista do modernismo internacional. Filha de uma pianista e um advogado autodidata que se tornou senador e ministro da Justiça, Maria começou a carreira na arte tardiamente, mas ficou conhecida como “a grande escultora do surrealismo” e teve a obra descrita como “poesia tropical”. Seu trabalho abordava também temática indígena brasileira.
“Poder participar um pouco dessa história é uma honra para o Sistema Fecomércio RJ. O comércio sempre foi a alma do Rio de Janeiro”, destacou o presidente do Fecomércio RJ, Antonio Florencio de Queiroz Junior.
O presidente em exercício da ACRJ, Daniel Homem de Carvalho, destacou o papel crescente da cultura, da arte e da Economia Criativa em escala nacional e global. Para ele, a parceria tem a responsabilidade de ampliar o protagonismo cultural e apoiar projetos significativos na área. Ele afirmou que outras iniciativas com o objetivo de valorizar o acervo histórico e artístico da ACRJ já estão previstas. Entre elas, visitas guiadas aos espaços, catalogação do acervo e disponibilização on-line.
Outra ação será com o livro O Jornal do Commercio 1822-1922, que relata os 100 anos da história do Brasil, e destaca a importância do comércio no desenvolvimento da economia e da sociedade. O Projeto Música no Museu: Clássicos da Bossa Nova e do choro, com a saxofonista, flautista e arranjadora Daniela Spielmann, fará uma homenagem ao centenário de Waldir Azevedo.
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