Criado há 40 anos, o Sambódromo do Rio se tornou o principal palco dos desfiles de escolas de samba no país, sendo copiado em várias outras cidades brasileiras. Para celebrar as quatro décadas de sua inauguração, o prefeito Eduardo Paes homenageou os três grandes responsáveis pelo empreendimento: o o ex-governador Leonel Brizola, o professor Darcy Ribeiro e o arquiteto Oscar Niemeyer.
A homenagem ocorreu no último sábado (3/2), pouco antes da tradicional lavagem da passarela do Carnaval, na rua Marquês de Sapucaí. Foram entregues placas e quadros comemorativos a parentes dos três criadores do Sambódromo, pelas mãos de Brizola Netto, José Ronaldo Cunha Ribeiro e João Niemeyer. Após a cerimônia, houve o ensaio técnico de Grande Rio, Beija-flor e Vila Isabel.
O Sambódromo, oficialmente conhecido como a Passarela do Samba Professor Darcy Ribeiro, nasceu de um sonho de Darcy, Oscar Niemeyer e Leonel Brizola. Com o objetivo de oferecer um espaço dedicado à celebração da cultura brasileira, o Sambódromo foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e se estabeleceu como um marco da cidade.
Sambódromo foi construído em menos de um ano
A história começou quando as escolas de samba tiveram que encontrar um novo espaço para seus desfiles que aconteciam anualmente pelas avenidas do Centro do Rio. Foi quando Darcy, vice-governador na época, encomendou ao arquiteto Oscar Niemeyer um projeto para ser um espaço definitivo dos desfiles de Carnaval. A obra, que começou em 1983 e foi entregue em 1984, teve participação de 2.690 operários, que trabalharam em turnos durante as 24 horas do dia, para dar concluir o projeto a tempo.
Durante a cerimônia, Eduardo Paes disse que homenagens precisam ser feitas enquanto as pessoas estão vivas e também em todos os dias, para celebrar as memórias que deixaram.
“Qualquer pessoa aqui nesse ambiente, nesse lugar incrível, de momentos incríveis, entende o que vou dizer. É um espaço que sintetiza o Rio de janeiro, que tem um pouco dessa bagunça organizada que é importante, tem essa questão da manifestação popular, das nossas origens, de um Brasil que não se esconde, que não tem vergonha de ser o que é, homenageando esses três grandes brasileiros. Tem um samba do Nelson Cavaquinho que diz isso. Depois que me chamar saudade, não preciso de vaidade, quero preces e nadas mais. O sujeito quer homenagem em vida. Jogaram flores, mas não o suficiente, então a gente vai jogando flores para eles todos os dias. Viva Brizola, viva Darcy, viva Oscar Niemeyer e, viva acima de tudo, o Rio de Janeiro, o melhor de todos os lugares”, afirmou Eduardo Paes.
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