A Prefeitura do Rio iniciou neste sábado (16/08) as obras de reurbanização da Rua da Carioca, no Centro. A intervenção integra o programa Reviver Centro e transformará o endereço em um polo cervejeiro, batizado de Rua da Cerveja, com foco em lazer, gastronomia e cultura.
O projeto foi elaborado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Licenciamento e será executado pela Secretaria Municipal de Infraestrutura. O prazo é de um ano e prevê a recuperação de 7,5 mil metros quadrados de área pública, com obras de drenagem, pavimentação, acessibilidade, iluminação e instalação de mobiliário urbano. O investimento estimado é de R$ 2,9 milhões.
Segundo a Prefeitura, a iniciativa busca recuperar a vocação da Rua da Carioca, que já foi referência em comércio e vida noturna. Ao todo, nove cervejarias assinaram contrato, das quais cinco já estão em funcionamento: Vírus Bier, Martelo Pagão, Piedade Cervejaria, além de Tio Ruy e Búzios, que operam sob o nome Cotovelo, em parceria com o empresário Raphael Vidal.
Para estimular o setor, a Prefeitura criou um programa de subsídios que prevê até R$ 1.000 por metro quadrado para reformas e R$ 75 por metro quadrado mensais para despesas de operação, limitados a imóveis de até 200 metros quadrados, com validade de 30 meses. A expectativa é movimentar R$ 222 milhões em quatro anos, gerar massa salarial de R$ 41,8 milhões e abrir cerca de 500 empregos diretos e indiretos.
O Polo Cervejeiro é parte do conjunto de iniciativas do Reviver Centro. Além dele, estão em andamento o Reviver Centro Cultural, que já reúne 43 estabelecimentos artístico-culturais, e o Reviver Centro Patrimônio Pró-APAC, que oferece subsídios para a recuperação de imóveis em más condições de conservação. Desde o início do programa, foram concedidas 57 licenças para empreendimentos e criadas 5.236 unidades residenciais na região central.
A maioria dos imóveis da Rua da Carioca é tombada pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade (IRPH) e pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), o que garante a preservação da arquitetura histórica durante a reurbanização.