Outono-Inverno: tempo de ganhar dinheiro na Serra | Diário do Porto


Comércio

Outono-Inverno: tempo de ganhar dinheiro na Serra

Vendas da coleção Outono-Inverno devem crescer 3,8%. Criatividade é o caminho para cidades como Petrópolis transformarem inverno em riqueza

22 de junho de 2024

Turismo e consumo: economia aquecida nas cidades serranas (Deposit Photos)

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As previsões de meterologistas para o inverno deste ano são de mais secura na Região Sudeste, com algumas frentes frias mais rigorosas. Muita gente torce o nariz para um cenário assim, mas está longe de ser o caso de quem ganha dinheiro com o turismo. Nas cidades de serra no Rio de Janeiro, o tempo é o melhor possível, considerado ideal pelos turistas. Não há dias melhores para passar um fim de semana em Petrópolis, Teresópolis, Mauá, Vassouras ou Nova Friburgo do que aqueles de céu azul e lareira acesa.

A alegria não é só dos hotéis, pousadas e restaurantes abarrotados pelos visitantes. A indústria e o comércio de roupas de frio também comemoram. A elegância das ruas com pessoas de botas, cachecóis, casacos e gorros eleva o faturamento do setor e chama – ou deveria chamar – a atenção dos governantes para a necessidade de estimular este mercado promissor.

Outono-Inverno é melhor momento da moda

O melhor desempenho da moda no Brasil é nas vendas da coleção Outono/Inverno, que representa até 41% dos negócios no varejo nacional no setor. A previsão para este ano é de um crescimento pequeno na produção, de 0,3%, chegando a 202 milhões de peças. Nas vendas, a projeção é melhor: crescimento de 3,8% em comparação com 2023.

Os números são da consultoria IEMI – Inteligência de Mercado, que acompanha a produção têxtil no país. A Câmara de Dirigentes Lojistas de Petrópolis, a cidade mais procurada na Região Serrana, está animada tanto com o consumo interno quanto com as compras feitas pelos turistas. Praticamente todos os lojistas já trocaram as vitrines, convidando o consumidor a renovar o guarda-roupa.

 


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“O ápice se dá em julho, podendo se estender até agosto. É uma boa previsão de vendas e de aquecimento da economia”, diz o presidente da CDL Petrópolis, Cláudio Mohammad. A entidade ressalta o movimento em outros setores importantes do comércio local, como cafeterias e lojinhas de queijos e vinhos. Para surfar na onda, é importante, segundo o dirigente, ter criatividade na oferta de artigos inovadores com preços convidativos, além de vitrines sedutoras.

Com a ocupação hoteleira de 80%, em média, outra fonte de riqueza para as cidades mais frias é o consumo de produtos como chocolates, cafés e vinhos nos fins de semana. O turismo de compras leva a uma cadeia econômica virtuosa, com polos de gastronomia e também de cerveja artesanal. “É a alta temporada para a cidade, e o comerciante deve ficar antenado com as tendências de mercado para oferecer o que o consumidor procura”, conclui o presidente da CDL Petrópolis.