Obras do A Noite começam em novembro | Diário do Porto


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Obras do A Noite começam em novembro

Edifício A Noite, na Praça Mauá, será reformado pela Azo, com modificações em sua configuração. Prédio terá 447 apartamentos e 3 restaurantes

8 de setembro de 2024

Edifício A Noite, de 1929, que é um bem do Patrimônio Histórico, será transformado em prédio residencial (foto: reprodução da Internet)

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As reformas do edifício A Noite começam em novembro e devem incluir modificações no edifício tombado pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Nacional). O prédio de 1929, na Praça Mauá, terá esquadrias de alumínio, no lugar das janelas de madeira. Além disso, serão remontados no térreo o palco e a plateia da Rádio Nacional, que ficam no 21º andar.

O edifício A Noite foi comprado em 2023 pela Azo Inc, empresa paulista com portfólio de construções na região de Campinas, em negócio feito com a Prefeitura do Rio. Com seus 22 andares e 102 metros de altura, foi durante muito tempo o maior prédio do país. A construção concebida pelo arquiteto Joseph Gire, o mesmo do Copacabana Palace, é considerada um dos principais exemplares do estilo art déco na cidade.

Previstas para durar dois anos, as reformas do A Noite vão terminar transformando o edifício para o uso residencial, com 447 unidades habitacionais. Até ser fechado, em 2012, o prédio foi a sede de várias empresas e órgãos públicos, incluindo a Rádio Nacional, principal veículo de comunicação do país até o fim dos anos 50.

Para lembrar esse passado célebre, a Azo pretende instalar ao redor do A Noite uma calçada da fama, com nomes dos artistas que frequentaram a rádio. Como Marlene, Cauby Peixoto, Angela Maria, Emilinha Borba, e as irmãs Linda e Dircinha Batista, ídolos que atraíam grande audiência para os programas e lotavam as imediações do edifício, em dias de shows abertos ao público.

A Noite terá mirante pago, em sua cobertura

No térreo, além da recriação do ambiente da Rádio Nacional, o A Noite terá dois restaurantes. Do saguão partirá um elevador exclusivo para o último andar do prédio, onde funcionará um terceiro restaurante, com área externa para os visitantes observarem a paisagem, com ingressos pagos. De lá é possível ver o centro da cidade, com o Pão de Açúcar ao fundo, além de toda a Região Portuária, delineada pela Ponte Rio-Niterói e, em dias claros, as montanhas da Serra dos Órgãos, em Teresópolis.

As unidades habitacionais terão de 30 a 48 metros quadrados, em sua maioria, com exceção das que ficarão no 21º andar e poderão chegar a 70 metros quadrados. A Azo acredita que os compradores poderão incluir não só os interessados em morar no coração do Porto Maravilha, mas também investidores e pessoas que querem ter imóveis para alugar. 

O fato de se tratar de um edifício histórico, com largo potencial para se tornar um ponto de visitação turística, para a Azo serão fatores que justificarão preços de lançamento mais altos do que os praticados até agora em empreendimentos de retrofit na Região Central.

Detalhes do projeto serão apresentados em um evento para convidados no antigo edifício do Touring, também na Praça Mauá, na próxima sexta-feira. No projeto, já se sabe que a escada de emergência, instalada na lateral do prédio, será retirada por não fazer parte da configuração original. Das 447 unidades, 75% terão vista para a Baía de Guanabara.


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