Moinho Fluminense tem nova promessa com projeto Mata Maravilha | Diário do Porto


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Moinho Fluminense tem nova promessa com projeto Mata Maravilha

Novo projeto para o Moinho Fluminense é segunda chance da Prefeitura para grupo Autonomy realizar a revitalização da área

7 de abril de 2025

As duas torres residenciais do projeto Mata Maravilha foram projetadas para ter mais de 200 metros de altura, totalmente cobertos por vegetação (imagem: Autonomy / Divulgação)

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A Autonomy Investimentos ganhou uma nova chance da Prefeitura do Rio, depois de ter comprado o Moinho Fluminense em 2019 e não ter desenvolvido o projeto de revitalização que havia anunciado para a área, na Região Portuária do Rio. Como a antiga proposta não saía do papel, o prefeito Eduardo Paes anunciou no ano passado que estava desapropriando o terreno, mas agora voltou atrás com o anúncio do empreendimento Mata Maravilha, cujo carro chefe são duas torres residenciais gigantescas, totalmente cobertas por vegetação da Mata Atlântica, às margens da Baía de Guanabara.

Os dois edíficios terão cerca de 70 andares, três vezes mais que o vizinho prédio Aqua Corporate, que tem 22 andares e 90 metros. Se isso for concretizado, superarão os 200 metros e serão os maiores edifícios da cidade. Além disso, o projeto prevê intervenções que vão muito além dos terrenos ocupados pelas instalações do Moinho Fluminense, chegando até as margens da Baía de Guanabara, em trechos que são de propriedade da União e hoje administrados pela PortosRio, novo nome da antiga Companhia Docas do Rio.

Para chegar a esse resultado, a Prefeitura do Rio diz que fez um Chamamento Público para encontrar empresas interessadas em desenvolver atividades de negócios na área em volta do Moinho Fluminense. O projeto da AI Moinho Empreendimento, de Alex Allard e da Autonomy Capital, foi o vencedor. O primeiro passo depois disso foi dado na sexta-feira (4/4), quando o prefeito Eduardo Paes revogou a declaração de utilidade pública do Moinho Fluminense. Com isso, o imóvel voltou para as mãos da Autonomy, que é uma gestora de investimentos, com recursos principalmente de fundos de pensão do Canadá.

Segundo a Prefeitura, o novo empreendimento tem um compromisso com a história da Região Portuária e do Moinho Fluminense. Por isso, promete que as comunidades locais serão convidadas a participar do processo de revitalização. Com essa visão, o projeto Mata Maravilha deverá contar com comitês de apoio que vão debater os aspectos históricos, econômicos e sociais da região, a fim de respeitar as comunidades locais e o Patrimônio Histórico.

Moinho Fluminense terá projeto dos arquitetos do aeroporto de Singapura

Idealizadora do Mata Maravilha, a AI Moinho Empreendimentos Imobiliários diz que tem como objetivo fazer do Rio de Janeiro a primeira cidade “Nature Positive” do mundo. O projeto prevê fazer do Porto Maravilha uma região digital para desenvolvimento de um campus de tecnologia verde, com escritórios, coworking, incubadoras, salas de eventos e convenções. Todos esses espaços devem ser conectados por 7 km de caminhos de areia dentro de uma floresta de mais de 10 hectares e 40 mil árvores e arbustos.

Para mostrar que têm a capacidade de realizar o projeto a partir do Moinho Fluminense, os idealizadores dizem que trarão as experiências que adquiriram na restauração e construção da Cidade Matarazzo, em São Paulo, grande empreendimento imobiliário na região da avenida Paulista. O projeto está sendo coordenado pelo escritório Safdie Arquitetos, responsável por obras como o aeroporto de Singapura Jewel Changi, sede do grupo que tem a concessão do Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão.


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