O município de Mangaratiba, no Rio de Janeiro, pretende ser a sede da maior piscina de ondas artificiais do país, prevista para inauguração no primeiro semestre de 2026. O projeto é liderado pelo Brasil Surfe Clube Costa Verde, que tem planos para integrar esporte, lazer e entretenimento em um complexo de 10.100 metros quadrados de superfície aquática.
Tecnologia da piscina de ondas
A piscina para surfistas está sendo projetada em parceria com a empresa americana White Water, especialista em tecnologia de ondas artificiais, responsável por projetos em parques turísticos como Disney, Six Flags e Beach Park. O espaço promete contar com ondas ajustáveis ao nível e perfil dos surfistas, com uso de um sistema de câmaras de ar controladas por motores e ventiladores. A tecnologia inclui software inteligente e reconhecimento facial, o que permite que os usuários escolham o tipo de onda desejado por meio de um aplicativo.
“Imagine um piano, onde você vai pressionando as teclas para produzir diferentes notas. É assim que nossa piscina funciona”, explicou Ricardo Laureano, idealizador do projeto. “A grande inovação da nossa piscina é a possibilidade de personalizar completamente a experiência de surfe. Você pode, literalmente, escolher o tipo de onda que deseja pegar, desde ondas pequenas e suaves até tubos desafiadores, tudo controlado por um software que adapta a intensidade da onda conforme o perfil de cada pessoa”.
Ao contrário de outras piscinas de ondas que operam com sessões fixas, o clube quer permitir horários e tipos de ondas customizados para cada surfista. A piscina poderá gerar até 700 ondas por hora, com duração de até 25 segundos. Apesar da capacidade de até 80 pessoas por hora, as sessões serão limitadas a cerca de 40 participantes para tentar garantir espaço e segurança.
“O surfe é um esporte que exige muita atenção e respeito pelas ondas e pelos outros surfistas. Por isso, preferimos limitar a quantidade de pessoas por sessão, para que todos possam surfar com mais conforto e segurança”, diz Bruno Cremona, sócio de Laureano.
Estrutura e exclusividade
Além da piscina de ondas, o complexo planeja ter infraestrutura voltada para o lifestyle do surfe, com quadras de beach tênis e altinha, academia, spa, restaurante, bar, galeria de arte, loja e espaços para eventos. Inspirado no modelo de clubes internacionais, como a Soho House, o Brasil Surfe Clube Costa Verde tem a pretensão de criar um ambiente sofisticado, com eventos culturais, música ao vivo e parcerias com marcas ligadas ao surfe, moda e arte.
E o custo para se tornar sócio começa a partir de R$ 350 mil. Além de promover o surfe em um ambiente controlado, o projeto busca atrair iniciantes, mulheres e crianças, prometendo o acesso ao esporte em um ambiente seguro.
Se der certo em Mangaratiba, os idealizadores pretendem expandir o conceito para outras cidades, como na Região dos Lagos, ainda no Rio, ou em Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília e Camboriú.