O Governo do Rio criou o aplicativo “Olho no Verde“, ferramenta digital que utiliza inteligência artificial para monitorar queimadas nos municípios do Estado. A tecnologia permite gerar informações sobre as áreas atingidas pelo fogo, para agilizar o combate a incêndios e a identificação de possíveis criminosos.
Durante a cerimônia de lançamento, o governador Cláudio Castro apresentou à Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) um projeto de lei para aumentar o valor das multas cobradas em casos de crimes ambientais. Se a proposta for aceita, as multas para quem provocar incêndios vão passar de R$ 1 mil para R$ 3 mil por hectare. Já a multa máxima em casos mais graves poderá chegar a R$ 10 milhões.
“Estamos trabalhando para ampliar o monitoramento dos focos de incêndio florestal. Por meio do aplicativo, vamos monitorar cada um deles, agilizando o tempo de resposta para o combate. Além disso, com a criação do projeto de lei, vamos punir, de forma rigorosa, os que cometem crimes ambientais. As medidas fazem parte de um pacote de soluções criadas para conter os incêndios”, declarou Cláudio Castro.
Monitoramento de queimadas
O Instituto Estadual do Ambiente (INEA) monitora toda a cobertura florestal do Estado do Rio por meio da plataforma “Olho no Verde-Queimadas”. Para identificar focos de fogo nas florestas, o sistema combina dados e imagens de diferentes satélites de alta resolução. Com o auxílio de inteligência artificial, os dados são comparados e validados por drones, fotos e informações coletadas em campo por brigadistas e técnicos do instituto.
O novo aplicativo é um complemento do Programa Olho no Verde, que monitora desde 2016 a supressão ilegal de vegetação por meio de imagens de satélite. Agora, vai ser possível detectar com mais eficácia os sinais de queimadas. A partir do dia 30 de outubro, a plataforma vai ser liberada para o público e vai poder ser acessada via computador ou celular.
“A sistematização dos dados é fundamental para a compreensão do impacto das queimadas, para o planejamento das ações de prevenção, combate aos incêndios e para a recuperação das áreas degradadas. Com o uso do aplicativo, todos terão acesso digital aos focos”, explicou Bernardo Rossi, secretário de Estado do Ambiente.