Com Jaé e RioCard separados, agora Eduardo Paes propõe criar 'Bilhete Único Metropolitano' | Diário do Porto


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Com Jaé e RioCard separados, agora Eduardo Paes propõe criar ‘Bilhete Único Metropolitano’

O Jaé é o BUC: integração entre ônibus, VLT e BRT. O RioCard é o BUI: integração entre modais estaduais como metrô, trem e as barcas

8 de agosto de 2025

Ao todo, passageiros de 34 linhas intermunicipais seriam impactados por essa mudança. Paes quer também que o Jaé-BUM inclua a Supervia (foto: Divulgação)

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Até semana passada, os passageiros do Rio, da Baixada e do todo o estado tinham apenas um cartão para usar nos transportes: o RioCard. Muita gente ainda chama o cartão pelo nome antigo, “Bilhete Único”, o que aumenta a confusão. Mas, na verdade, o mesmo cartão podia dar acesso a dois programas: o BUC e o BUI. Isso era ignorado por grande parte das pessoas, porque tudo funcionava junto no mesmo cartão. Agora, cada programa está num cartão. No Rio, o Jaé é o método de pagar ônibus, VLT e BRT, com integração entre eles. Esse é o famoso “zerar a segunda passagem”. Usuários ainda relatam problemas no sistema, mas a prefeitura diz que está resolvendo.

Porém, o RioCard segue sendo o único com o BUI, o Bilhete Único Intermunicipal, que integra ônibus intermunicipais (da Baixada ou de Niterói e São Gonçalo para o Rio), metrô, trens e barcas. O programa diminui o preço da 2ª passagem. Também é o método para pagar a passagem em ônibus de outras cidades, na Baixada e também em Niterói e São Gonçalo.

A questão é que os usuários agora estão tendo que sair de casa com dois cartões e sem integração. Se você pega um ônibus intermunicipal (que pagou com RioCard) e vai depois pegar o BRT (que vai pagar com Jaé), não tem mais integração, porque cada um foi validado com um cartão. Como fica para o passageiro, que pagou duas passagens cheias?

O prefeito do Rio, após 3 dias úteis de uso exclusivo do Jaé, propõe uma nova solução: um terceiro programa, o Bilhete Único Metropolitano (BUM), para unir novamente os passageiros que mencionamos no exemplo acima e também os outros. Ou seja, quer que o BUM, ou Jaé-BUM, nas palavras dele, seja usado para tudo em vez do “sistema maluco” que está funcionando agora.

— Não dá mais para continuar com esse sistema maluco do sujeito que mora no Rio de Janeiro ou em algum município da Baixada e tem que ficar usando Riocard, um sistema diferente. Está na hora de integrar esses sistemas. Estamos tentando isso há dois ou três anos, desde que fizemos a licitação do Jaé, mas vamos trabalhar com o estado para que tenhamos o Jaé-BUM. Ou seja, uma passagem só ligando o morador da Baixada ao Rio e vice e versa. Transporte mais rápido, mais confortável. E a Prefeitura está garantindo o subsídio integral porque nós temos o Jaé. Quando a gente tem o Jaé não está dando dinheiro para a Riocard, que é igual às empresas de ônibus. O dinheiro vem para a prefeitura e a gente distribui os recursos pelo sistema, sabendo de fato quem andou, para onde foi, de que maneira funciona o sistema, afirma o prefeito.

Na prática, o plano da prefeitura, conforme explicou Paes, é que o passageiro saia desses municípios da Baixada e embarque no BRT com a integração que cobrará R$ 4,70 por toda essa viagem. Atualmente, viagens desse percurso têm custos de mais de R$ 10. A tarifa de um ônibus que sai de Miguel Couto, em Nova Iguaçu, até a Central é de R$ 12,65. Já de Itaguaí até a Central, o percurso custa R$ 14,15. De Queimados até a Central, por outro lado, o valor é de R$ 15,20.


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