O Festival Vale do Café entra em sua reta final com uma programação intensa e diversificada que segue até domingo, 27 de julho, em municípios do Vale do Paraíba do Sul Fluminense. Realizado em fazendas históricas, igrejas, centros culturais e estações ferroviárias, o evento mescla música, história e cultura rural em meio aos cafezais da região.
O resgate histórico da produção cafeeira é o pano de fundo do Festival do Vale do Café. Após décadas sem cultivo expressivo, o café voltou às lavouras a partir de 2016, impulsionado pelo programa Vocações Regionais da Cafeicultura Fluminense, uma parceria entre o Sebrae e o Governo do Estado.
A partir desta quinta-feira, 24 de julho, o público do Festival pode aproveitar os seguintes destaques:
Quinta-feira – 24 de julho
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18h – Café Cultural com palestra: “As contribuições das linguagens artísticas no processo educacional inclusivo”, no Centro Cultural Cazuza, em Vassouras.
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20h – Concerto de Cristina Braga & Ricardo Medeiros na Catedral de Nossa Senhora da Glória, em Valença.
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20h – Apresentação de Priscila Rato e Marcelo Caldi, com o espetáculo “Música Brasileira – Sanfona e Violino em Cena”, na Igreja Matriz Sant’Ana, em Piraí.
Sexta-feira – 25 de julho
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10h – Recital de professores e alunos dos cursos gratuitos do festival, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, em Vassouras.
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19h – Ulisses Rocha Trio apresenta “Tributo a Milton Nascimento”, no Centro Cultural do Café, em Rio das Flores.
Sábado – 26 de julho
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19h – Kiko Horta Trio anima a Estação Ferroviária de Engenheiro Paulo de Frontin com o show “Sanfona Faz a Festa”.
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Também haverá Café Cultural e apresentações dos alunos do festival.
Domingo – 27 de julho
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09h30 – Visitação à Fazenda Monte Alegre.
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11h – Concerto especial com Marcel Powell e participação de Nilze Carvalho, com o tema “Musicalidade Negra”.
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12h – Lanche de encerramento.
Produção de Café volta com força ao Vale do rio Paraíba do Sul
Desde 2018, no Vale do Café do Sul Fluminense, as colheitas de café arábica, em cultivos artesanais e, em grande parte, orgânicos, passaram a gerar produtos classificados como especiais e gourmet. O processo inclui colheita manual, secagem ao sol e torrefação cuidadosa, o que tem despertado o interesse do consumidor e fomentado o turismo de experiência nas propriedades.
Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Rio de Janeiro deve colher, em 2024, cerca de 346,5 mil sacas de café arábica, um crescimento de 13,2% em relação a 2023. Embora as regiões Serrana e Noroeste sigam liderando, o Sul Fluminense tem se destacado, com 40 propriedades produtoras identificadas pelo Sebrae, concentradas em cidades como Barra do Piraí, Vassouras, Valença e Engenheiro Paulo de Frontin.
A região também conta com mais de 50 fazendas associadas à Ascav (Associação de Cafeicultores do Vale do Café), com expectativa de chegar a 70 ainda em 2024. A produção, voltada exclusivamente ao mercado de cafés de alta qualidade, é comercializada em cafeterias, feiras, eventos e diretamente aos visitantes.
Fazendas históricas como a Florença, Alliança e União passaram a investir na reestruturação do cultivo, incorporando o café à atividade turística, com roteiros que incluem visita a casarões coloniais, peças teatrais, trilhas e degustações.
O Vale do Café também busca o selo de Indicação Geográfica (IG) junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), o que poderá agregar ainda mais valor à produção local. Segundo especialistas, o estado do Rio de Janeiro já figura entre os mais promissores produtores de café especial do Brasil.
Assim, história, tradição, qualidade e inovação se encontram nos grãos cultivados no Vale do Café — e fazem da bebida não apenas um produto, mas parte viva da identidade fluminense.
A programação completa do Festival do Vale do Café pode ser consultada em: festivalvaledocafe.com.br/programacao
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