Em Maricá, camarões de projeto inovador vão para escolas públicas | Diário do Porto


Inovação

Em Maricá, camarões de projeto inovador vão para escolas públicas

Cerca de 1,5 tonelada de camarões produzidos pela Ciamar (Centro de Inovação e Aquicultura de Maricá) irão para áreas de baixa renda

23 de março de 2025

Maricá produz camarões graúdos em cem dias, em projeto com a UFF (Universidade Federal Fluminense) (foto: Prefeitura de Maricá / Bernardo Gomes)

Compartilhe essa notícia:


A Prefeitura de Maricá concluiu a fase de testes do projeto de criação de camarões, com a produção de cerca de uma tonelada e meia em dois tanques do Ciamar (Centro de Inovação e Aquicultura de Maricá). Os crustáceos foram limpos e embalados para serem utilizados na alimentação fornecida pela rede de ensino do município.

Essa tarefa foi realizada por cerca de 15 servidores, que passaram dois dias limpando, pesando e embalando os camarões, considerados uma fonte de proteína nobre e de alta qualidade. A criação dos camarões foi realizada em sistema fechado e longe do mar, com tecnologia aprimorada pela Codemar (Companhia da Desenvolvimento de Maricá), dentro do Convênio de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PDI) com a Universidade Federal Fluminense (UFF).

O projeto conseguiu produzir camarões graúdos em cem dias, sem poluir o meio ambiente e com reaproveitamento de água. Cada um tem cerca de 12 gramas e 14 centímetros de comprimento. A decisão de distribuir a produção para rede de ensino, segundo o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, é uma comprovação de que os projetos de inovação da cidade são voltados para melhorar a qualidade de vida dos moradores.

A previsão é de que os camarões sejam entregues, primeiramente, em escolas localizadas em comunidades de baixa renda, como as existentes dentro dos conjuntos habitacionais Carlos Alberto Soares de Freitas (Minha Casa, Minha Vida de Inoã) e Carlos Marighella (Minha Casa, Minha Vida de Itaipuaçu). 

Maricá tem complexo industrial pesqueiro

O Ciamar faz parte de um complexo industrial pesqueiro de Maricá que inclui, além da produção de crustáceos e rações, o cultivo de tilápias. Os peixes já vêm participando dos testes de ração – os que receberam alimentação própria estão 90 gramas mais pesados do que os que se alimentam com a ração comercial.

As instalações do Ciamar ficam na Fazenda Pública Joaquín Piñero, no bairro do Espraiado. O diferencial da produção é o cultivo feito de forma intensiva e com alta tecnologia. Com isso, a densidade do camarão pode ser muito maior do que a criação tradicional.

Com a técnica desenvolvida em Maricá, micro-organismos fazem o tratamento da água, resultando em uma produção de 800 camarões por metro cúbico. Ao todo, são 10 tanques de cultivo, com 450 mil litros de água, quatro espaços berçários e a fábrica de ração, onde um equipamento específico produz 350 quilos de ração por hora, cerca de 2,45 toneladas por dia.


LEIA TAMBÉM:

Lagoa do Açu mostra vestígios jesuítas do século 16

Feira Rio Artes 2025 agita o Centro do Rio, entre 9 e 13 de abril

Recuperação do manguezal no Caju faz um ano e fauna reaparece