Maricá fará museu na casa de Beth Carvalho | Diário do Porto


Arte

Maricá fará museu na casa de Beth Carvalho

Sambista tinha casa em Maricá, de frente para o mar, no mesmo bairro onde viveram Darcy Ribeiro e Maysa. O local será o Caminho das Artes

6 de maio de 2024

Em Maricá, Beth Carvalho tinha recanto para descansar e trabalhar (foto: Divulgação)

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A Prefeitura de Maricá vai transformar a casa de Beth Carvalho, a eterna “Madrinha do Samba”, em um museu interativo. A grande sambista, que morreu em 2019 aos 73 anos, tinha na cidade um recanto, no bairro de Cordeirinho, de frente para o mar.

O imóvel, que foi comprado pela Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar) há três anos, passará por obras para ser um museu do samba e da vida da cantora. Com custo de R$ 10 milhões, deve ficar pronto no próximo ano, com projeto do arquiteto e cenógrafo Gringo Cardia.

Na proposta de Cardia, o local vai destacar o papel de Beth Carvalho para a revalorização das carreiras de grandes sambistas, como Cartola e Nelson Cavaquinho, ou como impulsionadora de jovens que se tornaram grandes nomes do samba, como Xande de Pilares e Zeca Pagodinho.

O projeto de Maricá prevê que o museu Beth Carvalho, faça parte de um circuito cultural que se chamará Caminho das Artes, que incluirá também as casas que pertenceram ao antropólogo Darcy Ribeiro e à cantora Maysa. A primeira a ser inaugurada, no próximo dia 26, será a de Darcy. A de Maysa ainda será restaurada. 

Os três imóveis, que são próximos, serão conectados por um deque a um espaço aberto multifuncional, onde poderão ser realizados shows e apresentações, chamado de Praça das Utopias.

Maricá: o Samba é Aqui

No museu de Beth Carvalho, haverá objetos pessoais da sambista que mostram momentos de sua carreira. Também será possível visitar a sala Sambas do Brasil, para mostrar como o gênero musical tem diferentes variações pelo país.

A única filha de Beth Carvalho, Luana Carvalho, diz que a mãe escolheu Maricá para seus momentos de lazer, mas também como ponto onde podia trabalhar e ter inspiração. Luana conta que a casa foi cenário para muitas rodas de samba e local onde compositores mostravam músicas para a mãe, algumas gravadas por Beth. 

O anúncio do museu da sambista ocorre ao mesmo tempo em que está sendo lançado o livro “Beth Carvalho em Maricá: o samba é aqui”. A obra reúne, em mais de 700 páginas, relatos de vida, fotos histórias e ilustrações, entre outros conteúdos que traçam a história do samba e da artista. Luana Carvalho assina um dos capítulos.


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