O bilionário e visionário Richard Branson, americano fundador do Grupo Virgin, criou um prêmio para reforçar a luta contra o enfraquecimento da camada de ozônio, que protege nosso planeta. Ele integra o Guardiões do Planeta, um coletivo de líderes, ativistas, executivos e celebridades em favor do clima, e criou o Prêmio Ozônio. Entre os sete premiados há uma brasileira: a pesquisadora Suely Machado Carvalho.
Suely foi premiada por seus 35 anos de luta pelo clima, uma referência na ONU. Ela tem sido fundamental para demonstrar a viabilidade técnica e econômica de soluções seguras e de baixo carbono para o ozônio e no alinhamento da política governamental para a transformação desse mercado.
A pesquisadora é hoje especialista técnica sênior do Painel de Avaliação Econômica e de Tecnologia para o Protocolo de Montreal no Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e consultora da Rede Kigali no Brasil. A Rede reúne organizações da sociedade civil em defesa de ações como a Emenda de Kigali ao Protocolo de Montreal. Segundo a justificativa do Prêmio, “Suely ocupou vários outros cargos seniores protegendo o ozônio e o clima ao longo de mais de 35 anos”.
“Como a primeira brasileira co-presidente do Technology and Economic Assessment Panel e atualmente especialista senior estou muito feliz com o reconhecimento recebido. Ser premiada no momento que celebramos o dia internacional da preservação da camada de ozônio, coroa meu trabalho de mais de 35 anos de dedicação a essa causa”, disse a brasileira premiada.
LEIA TAMBÉM:
Rio Innovation Week reúne 1,5 mil palestrantes no Píer Mauá
Prefeitura de Macaé premia servidores inovadores
‘The Conversation’ mostra que a ciência está em tudo. Tudo mesmo!
As substâncias que destroem a camada de ozônio são, em sua maioria, potentes gases de aquecimento global. A substituição delas feita ao longo dos últimos 36 anos evitou que hoje tivéssemos o dobro de impacto atmosférico, o que poderia acabar com a vida de muitos seres vivos da Terra.
A iniciativa dos Guardiões do Planeta visa evitar que a humanidade ultrapasse os limites que, nos últimos dez mil anos, tornaram a vida na Terra sustentável e equitativa para os seres humanos e outras espécies. O controle na emissão de gases que afetam a camada de ozônio no Protocolo de Montreal, celebrado nos anos 80 do século passado, é a prova de que indústria, governos e sociedade podem atuar em conjunto para salvar o planeta.
“O Protocolo de Montreal — um triunfo da colaboração entre a ciência, os governos, as organizações multilaterais e as empresas — transformou indústrias inteiras, investiu na ciência para rastrear e compreender o problema e eliminou 99% das substâncias que empobrecem a camada de Ozônio. Os cientistas prevêem agora que a camada de Ozônio estará em grande parte restaurada até 2060”, disse Branson.
O bilionário ativista destacou que a ação no caso do ozônio é um exemplo de que são necessários esforços coletivos e vigilância constante e ampla colaboração para reverter problemas do clima.