André Ceciliano receberá o presidente Lula no Rio, dia 19, na condição de governador interino. Ceciliano vai aproveitar a ocasião para falar com o presidente da República sobre a necessidade de revitalizar o aeroporto internacional do Galeão, por meio de ações que regulem e reduzam os voos nacionais que estão concentrados no Santos Dumont.
Ceciliano, no final de mandato como presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj), assume, dia 13/1, o governo estadual em substituição a Claudio Castro, que realiza viagem aos Estados Unidos. Depois que deixar o cargo de governador interino, Ceciliano vai chefiar a Secretaria de Assuntos Federativos da Presidência da República, vinculada ao Ministério das Relações Institucionais. No dia 19, Lula vem ao Rio para, ao lado do prefeito Eduardo Paes e de Ceciliano, participar da inauguração de um centro municipal de saúde.
Combater o esvaziamento do Galeão é uma prioridade de Ceciliano, que liderou na Alerj iniciativas para evitar o uso abusivo do Santos Dumont. Isso é uma responsabilidade da Anac (Agência Nacional da Aviação Civil) e da Secretaria Nacional de Aviação Civil, órgãos que nada fizeram para resolver o problema, na gestão anterior do Governo Federal.
Ceciliano já tem como agenda tratar da questão diretamente com o ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, escolhido por Lula para dinamizar esse setor da infraestrutura nacional. Para Ceciliano, o Galeão precisa recuperar as conexões nacionais para voltar a ser o que era antes, o principal aeroporto internacional do Brasil.
Isso significa realizar ações que limitem os voos no Santos Dumont a no máximo 6 milhões de passageiros por ano, com linhas apenas para São Paulo, interior do Estado do Rio e da aviação executiva (operados por jatinhos). As demais rotas retornariam ao Galeão, como era até 2009, abastecendo o aeroporto internacional com passageiros que podem embarcar em linhas para o exterior.
Ceciliano quer solução antes da privatização
O Rio é o destino desejado pela maioria dos turistas estrangeiros que vêm ao Brasil, porém atualmente a maior parte deles é obrigada a fazer conexões em outros Estados, principalmente em São Paulo. O mesmo problema ocorre com os passageiros que saem do Rio e querem voar para outros países, com cada vez menos opções de voos diretos.
Ceciliano não quer esperar que o problema seja resolvido só após a privatização conjunta das concessões do Galeão e do Santos Dumont, evento ainda sem data para ocorrer. Para ele, o esvaziamento do aeroporto internacional do Rio é um problema imediato, que prejudica toda a economia do Estado, com reflexos para todos moradores, pois destrói empregos e geração de renda.
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