Diário do Porto

Velha Guarda da Portela vira Patrimônio Imaterial do Rio

Portela

Em homenagem ao centenário, a Portela desfilou com o enredo "O azul que vem do infinito" (foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Mesmo sem o título do Carnaval, a Portela comemora, no ano do seu centenário, outro feito: a velha guarda da escola de samba foi declarada Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial da cidade do Rio de Janeiro. O decreto foi publicado pelo prefeito Eduardo Paes no Diário Oficial do município na terça-feira, dia 21.

Maior campeã do carnaval carioca, a Portela reúne 22 títulos ao longo dos 100 anos de existência. No texto oficial, a prefeitura do Rio destaca “a importância social, cultural e econômica” da agremiação para a “preservação da memória e da história do samba e do carnaval carioca”.

Em dezembro de 2021, a escola recebeu o título de Patrimônio Imaterial e Cultural do Estado do Rio de Janeiro, por meio da Lei n° 9.505.


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Neste Carnaval, a Portela levou o enredo “O azul que vem do infinito” para a Sapucaí – uma homenagem ao centenário. Embora tenha passado por problemas técnicos e terminou classificada na décima colocação, a azul e branca ganhou dois Estandarte de Ouro. A velha guarda teve destaque no desfile nas primeiras alas.

Portela e tradição

Idealizada por Paulinho da Viola em 1970, a Velha Guarda da Portela foi formada com  ex-membros da escola. O álbum de estreia, “Portela Passado de Glória”, foi produzido pelo músico, padrinho da ala. O grupo original incluía Ventura, Aniceto, Alberto Lonato, Francisco Santana, Antônio Rufino dos Reis, Mijinha, Manacéa, Alvaiade, Alcides Dias Lopes, Armando Santos e Antônio Caetano. O sucesso da Velha Guarda resultou em apresentações e a retomada de sambas e sambistas antigos da escola.

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