Diário do Porto

Projeto Aquarius une pagode à música clássica no Rio

Projeto Aquarius 2023

Em 2023, Projeto Aquarius foi realizado na Praça da Apoteose. Neste ano, o projeto retorna para a Praça Mauá (Foto: Marina Andrade/OSB)

O Projeto Aquarius, marcado por oferecer experiências inovadoras no mundo da música, volta ao Rio de Janeiro em 2023. A atração principal será a apresentação do cantor Belo junto com a Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB), sob regência do maestro Anderson Alves. O evento vai ser realizado no domingo, 03/12, às 18h, na Praça da Apoteose, e os portões serão abertos às 16h. A entrada é gratuita e estará sujeita à lotação.

A apresentação promete unir diferentes estilos de música, além de trazer decoração com tecnologia avançada de luzes. Este ano a curadoria musical vai ser do cantor Pretinho da Serrinha, e ritmistas e componentes de escolas de samba do Rio de Janeiro também vão participar. Além das apresentações, haverá food trucks, com opções de comida e bebida.

A edição anterior do Projeto Aquarius no Rio de Janeiro foi em 2022, quando o festival completou 50 anos. Naquela ocasião, o cantor Lenine subiu ao palco, na Praça Mauá, e se apresentou junto à OSB, regida pelo maestro Roberto Tibiriçá, e o grupo de dança Oz Crias. Outros nomes que já participaram do Aquarius são a banda Blitz, o corpo de dança do Balé Bolshoi, o tecladista da banda Yes, Rick Wakeman, e o maestro George Martin, produtor dos Beatles.

Lenine se apresentou no Projeto Aquarius, no Rio, em 2022

 


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50 anos do Projeto Aquarius

O evento foi criado em 1972 pelo maestro Isaac Karabtchevsky, junto ao jornalista Roberto Marinho e o então gerente de Promoções do Globo, Péricles de Barros. A ideia era democratizar a música clássica, e romper com o estigma de que este estilo musical não poderia ser popular.

A primeira edição do Projeto Aquarius foi no Aterro do Flamengo. Cem mil pessoas assistiram a versão da ópera “O escravo”, do compositor Carlos Gomes, executada pela OSB. O maestro Isaac Karabtchevsky vestia traje esportivo, o que marcou o tom da proposta desde o início. Em 1986, a ópera “Aída”, de Verdi, cantada em italiano, foi assistida por 200 mil pessoas na Quinta da Boa Vista. 

Em 1989, um vendaval rasgou toda a cenografia, pintada à mão, do concerto do Balé Bolshoi. Surpreendidos apenas meia hora antes do início do espetáculo, os bailarinos russos mantiveram a apresentação de Dom Quixote, para a alegria das 180 mil pessoas que aguardavam no gramado da Quinta da Boa Vista. Quatro anos depois, o maestro britânico George Martin, produtor musical dos Beatles, enfrentou um temporal no palco. A plateia doou guarda-chuvas para proteger a banda de rock, que tocou para 40 mil pessoas.

Em 2014, 8 mil pessoas escutaram hits de filmes populares tocados pela OSB, regida pelo maestro Roberto Minczuk. A 42ª edição do Projeto Aquarius foi no Forte de Copacabana, e trouxe a trilha sonora de clássicos como Harry Potter, Star Wars, Jurassic Park, E.T, Tubarão e outros. Foi uma homenagem à carreira do compositor e maestro nova-iorquino John Williams, que naquela altura tinha 82 anos, 49 indicações ao Oscar, das quais ganhou 5.

Este ano, o evento é apresentado pelo Ministério da Cultura e o Instituto Cultural Vale, e tem a realização do jornal O Globo. Tem apoio do Sesc RJ, Eletrobras, Riotur e Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, além de parceria com a OSB.  

 

Projeto Aquarius

Data: 3/12

Horário: 18h (abertura dos portões ás 16h)

Local: Praça da Apoteose – R. Marquês de Sapucaí, 36

Entrada gratuita, sujeita à lotação.

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