Diário do Porto

Volta dos cassinos tem relatório favorável no Senado

Senador Irajá Abreu

Cassinos tiveram parecer favorável do senador Irajá Abreu ( foto: Agência Senado / Roque de Sá)

Finalmente, depois de 21 meses parado, o Senado Federal fez um movimento para analisar o projeto de lei que volta a legalizar os cassinos no Brasil. O senador Irajá de Abreu (PSD/TO), relator do projeto que já foi aprovado na Câmara no ano passado, apresentou seu relatório favorável à legalização na CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania), o que pode abrir caminho para a discussão em plenário pelos senadores.

Caso seja aprovado pelo Senado e sancionado pelo presidente Lula, o projeto vai permitir que o Estado do Rio tenha dois cassinos, na modalidade de resort integrado. Nesse formato, a área destinada aos jogos é limitada a menos de 10% do empreendimento, que deve contar com hotéis, centro esportivo, centro de convenções, teatros, cinemas, restaurantes e áreas de lazer, funcionando como grande complexo turístico. Na cidade do Rio, já foram apresentados estudos para a construção de um resort integrado no Porto Maravilha.

O projeto prevê tornar legal no país uma atividade que já é existente e, por não ser regulada pela lei, não tem o controle governamental e também não contribui para a arrecadação de impostos ou geração de empregos formais. Hoje, o Brasil é um dos poucos países do mundo que criminaliza os cassinos e outras modalidades de jogos, figurando ao lado de Cuba e das nações islâmicas.

Irajá aponta em seu relatório que os cassinos ilegais e outras modalidades de jogos, como jogo do bicho e bingos, já são realidade há muito tempo no país. Quem se opõe à legalização acaba contribuindo para manter o setor na clandestinidade e ligado ao crime organizado.

Cassinos e outros jogos clandestinos movimentariam R$ 31 bilhões

A volta dos cassinos, que foram autorizados no país até 1946, e a legalização de outras modalidades, são medidas que podem auxiliar o esforço de arrecadação do Governo Federal, em busca de zerar o déficit fiscal em 2024. Segundo o senador, dados atualizados mostram que o mercado brasileiro de jogos de azar já movimentaria até R$ 31 bilhões, sem nenhum recolhimento de impostos.

Ao analisar as objeções religiosas dos deputados e senadores contrários à volta da legalização dos cassinos, o senador Irajá diz que as convicções de alguns não podem suprimir o direito da sociedade. “Trata-se de conceito jurídico indeterminado. Ademais, as motivações religiosas eventualmente levantadas não possuem força para se contrapor à regulamentação do tema, uma vez que, como regra, ninguém pode ser privado no país de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”, afirma o senador em seu relatório.


LEIA TAMBÉM:

Praça Tiradentes recebe sua 1ª Feira de Natal, em evento do CRAB

Maricá celebra crescimento do Hospital Che Guevara

Campos tem city tour que passa por farol projetado por Eiffel

 

 

Sair da versão mobile