Alexandre Monteiro, presidente da RIOgaleão, concessionária do Aeroporto Internacional do Rio, disse que a malha de voos está sendo recuperada e começa a se aproximar dos números registrados antes da pandemia, em 2020. A expectativa é fechar este ano entre 7,5 milhões e 7,8 milhões de passageiros, cerca de 40% acima de 2022.
Para alcançar esse desempenho, a RIOgaleão espera ter um crescimento de 62% nos voos domésticos e de 42% nos voos internacionais, neste segundo semestre. Os números já refletem as mudanças planejadas com a restrição de operações no Aeroporto Santos Dumont, em medidas que foram anunciadas pelo prefeito Eduardo Paes após acordo com o presidente Lula, em agosto.
O acordo visa fortalecer o aeroporto internacional da cidade, cujas operações são vitais para a economia do Estado. Segundo estudo da Firjan, com o enfraquecimento do Galeão e a superlotação do Santos Dumont, o Rio perde cerca de R$ 4,5 bilhões por ano.
Em 2019, o Galeão atendia 21 destinos domésticos e 26 internacionais, e chegou a 14 milhões de passageiros, número ainda bem superior ao esperado para este ano. Em junho deste ano, antes das mudanças anunciadas por Paes e Lula, o aeroporto tinha 12 destinos domésticos e 19 internacionais. A partir do próximo mês, serão 19 destinos domésticos e 21 internacionais, aproximando-se do nível de antes da pandemia, o que, aos poucos, deve se refletir também no aumento de passageiros.
RIOgaleão terá mais voos da Lufthansa
Ontem, 13 de setembro, Paes anunciou que faria uma viagem até Singapura para conversar com a Changi, controladora da RIOgaleão. A intenção do prefeito é conhecer melhor os planos da empresa para o fortalecimento do aeroporto internacional do Rio. A Changi é apontada como uma das melhores operadoras de aeroportos do mundo.
Entre as companhias aéreas que estão aumentando as operações no Galeão, destaca-se a Lufthansa, que vai aumentar de três para seis os voos semanais entre o Rio e Frankfurt. A medida começa a valer em meados de 2024, com o início da temporada do verão europeu. A venda das passagens começa a partir de 18 deste mês.
A portaria assinada em agosto pelo Governo Federal restringe os voos no Santos Dumont, a partir de janeiro, a um raio de 400 km, o que na prática reduz as linhas apenas para os aeroportos de Congonhas, em São Paulo; Vitória e da Pampulha, em Belo Horizonte. A portaria impede, também, voos para os aeroportos internacionais de Guarulhos, em São Paulo, e o de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte. Com isso, é esperado que o Galeão receba mais linhas domésticas que irão alimentar as rotas internacionais, recuperando o movimento no aeroporto que já foi o principal do país.