Diário do Porto

Marinha recebe as primeiras mulheres no curso de fuzileiro naval

alunas do curso de fuzileiros navais da Marinha

Alunas da primeira turma do curso feminino de fuzileiros navais da Marinha (foto: Agência Marinha de Notícias)

As mulheres conquistaram mais uma importante posição nesta semana ao comporem a primeira turma de 120 alunas do Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil. Elas serão treinadas no Centro de Instrução Almirante Milcíades Portela Alves (CIAMPA), em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro (RJ). O Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil tem 215 anos.

O fato inédito, segundo a Agência de Notícias da Marinha, representa a inclusão das mulheres em todos os corpos, quadros, escolas e centros de instrução da Marinha do Brasil, o que significa que poderão ocupar cargos e funções que antes eram destinados apenas a homens.

O Curso de Formação de Soldados Fuzileiros Navais tem uma duração de 19 semanas, das quais 10 são realizadas em regime de internato. Durante esse período, as alunas participarão de três exercícios de campo, sendo os dois primeiros realizados no Complexo Naval do Guandu do Sapê (CNGS), no bairro de Campo Grande, onde colocarão em prática os conhecimentos adquiridos nas sete disciplinas ministradas ao longo de 112 dias letivos.

Marinha encerrará o treinamento na Ilha de Marambaia

O terceiro exercício de campo será realizado na Ilha da Marambaia, também na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A Marinha considera esse exercício final um marco na formação dos fuzileiros navais, que a partir dele estão capacitados aos combates anfíbios – em terra e no mar.

As alunas, de várias partes do país, chegaram entusiasmadas ao Centro de Instrução onde o curso é realizado. “Aqui, nós entramos como civis e vamos sair Soldados Fuzileiros Navais. Tenho certeza de que, ao final da nossa formação, estaremos mais maduras. É muita honra saber que, depois de tantos anos, a gente está participando desta nova era. Agradeço imensamente por essa oportunidade”, afirmou a Aprendiz-Fuzileiro Naval Lohana Cristina dos Santos de Almeida.

Para receber as alunas, o local passou por diversas mudanças nos últimos meses. Entre elas, estão a criação de um alojamento feminino, com um sistema de reconhecimento facial e câmeras de segurança em seu entorno; a adaptação da enfermaria; a reformulação de normas internas de comportamento social; e a atualização do material de combate, para que seja mais anatômico às mulheres.


LEIA TAMBÉM:

Saquarema leva Conexão do Futuro para 7 mil alunos

União de Maricá já sonha com o Carnaval de 2025

Cabo Frio intensifica fiscalização ambiental nas praias

Sair da versão mobile