Para o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, o Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão, não pode continuar a sofrer a concorrência do aeroporto Santos Dumont por voos domésticos. Freixo, que participou de audiência da CVT (Comissão de Viação e Transportes) na Câmara dos Deputados, afirmou que as conexões nacionais são fundamentais para recuperar o Galeão como hub aéreo para voos ao exterior.
A audiência na Câmara, na terça-feira, 9 de maio, foi conduzida pelo deputado Bebeto (PP/RJ). O debate procurou trazer elementos para o plano de revitalização do Galeão, que o ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França, promete apresentar no próximo dia 16, em reunião com o governador e com o prefeito do Rio, Cláudio Castro e Eduardo Paes.
Em encontro entre França, Castro e Paes realizado no mês passado, o ministro ouviu do prefeito e do governador que é preciso limitar os voos no Santos Dumont a no máximo 6 milhões de passageiros por ano, reduzindo sua superlotação, que superou os 10 milhões de passageiros em 2022. Com a redução, os voos excedentes seriam transferidos para o Galeão, de forma a estabelecer conexões entre rotas nacionais e internacionais.
Segundo Freixo, o ministro França está em sintonia com a prioridade que o presidente Lula estabeleceu para o assunto. “O fortalecimento do Galeão é um tema de interesse do Governo Federal, pois esse é um aeroporto fundamental para todo o Brasil, além de ser essencial para o Rio de Janeiro”, disse o presidente da Embratur.
Freixo: esvaziamento do Galeão traz prejuízos para o pais
Freixo disse aos deputados que o Brasil tem vários atrativos e cidades que atraem visitantes estrangeiros, porém, entre essas atrações, o Rio de Janeiro continua sendo a principal referência do país no exterior. “Valorizar o Rio e o Galeão é valorizar o turismo brasileiro como atividade econômica. Sabemos que para cada real investido em promoção do país, nossa economia recebe de volta vinte reais”, declarou.
O presidente da Embratur enfatizou que é necessário um planejamento para que o Galeão e o Santos Dumont sejam aeroportos complementares, evitando que o descontrole continue causando prejuízos. “Estudo da Firjan aponta que o atual esvaziamento do Galeão traz perdas de R$ 4,5 bilhões por ano para a economia do Estado do Rio. Essa é uma situação que não pode continuar sem respostas”, finalizou.
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