O VLT Carioca fecha 2021 com 60% do movimento médio diário registrado antes da pandemia. O modal transportou em média cerca de 60 mil passageiros/dia. O número ainda está muito abaixo daquele previsto na assinatura do contrato da concessionária com a Prefeitura em 2013, que previa um volume médio diário de 260 mil passageiros em suas três linhas. Mas mostra uma recuperação em relação aos números de 2020, quando transportou em média cerca de 40 mil passageiros/dia.
Apesar dos números estarem abaixo do previsto e a operação continuar deficitária, a relação do consórcio VLT, formado pelo Grupo CCR (principal acionista), Invepar, Riopar e Odebrecht Mobilidade e a Prefeitura vive dias de calmaria. Em 2019 a concessionária chegou a ir à Justiça para pedir a rescisão do contrato. O consórcio alegou que a Prefeitura não estava cumprindo com a sua parte no acordo, o que gerou uma dívida de R$ 150 milhões. Hoje o débito ultrapassa a casa dos R$ 250 milhões. Mas Prefeitura e VLT seguem negociando para acertar a pendência.
VLT vai chegar a São Cristóvão
Um dos pontos que pode melhor a rentabilidade da operação é a chegada do VLT a São Cristóvão, onde fará interligação com o BRT Transbrasil no novo terminal que será construído no terreno do antigo Gasômetro. Ali, os passageiros que vierem das zonas norte e oeste poderão embarcar no modal para circular no Centro e acessar a Central do Brasil, Praça XV e Aeroporto Santos Dumont.
O terminal será batizado com o nome do Profeta Gentileza, morador em situação de rua que ficou famoso por espalhar mensagens poéticas e gentis pelas ruas do Rio. Para chegar à nova parada, o trajeto do VLT será estendido em cerca de 700 metros a partir da Rodoviária Novo Rio. O contrato entre Prefeitura e a concessionária para expansão da linha deverá ser assinado nas próximas semanas.
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