O Reitor da Uerj, Ricardo Lodi Ribeiro, assinou ato oficial que instituiu o Programa de Extensão Universidade do Mar. O projeto é resultado de uma parceria firmada em 2018 entre a Faculdade de Oceanografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (FAOC/UER), a Associação de Moradores da Ilha de Paquetá (MORENA) e o Movimento Baía Viva. A nova universidade conta com o apoio institucional de cerca de 70 instituições acadêmicas públicas, como as reitorias da Uerj, UFRJ, UNIRIO, Uezo, PUC Rio, UFRRJ e da UFF, além da Fiocruz e da Comissão Interministerial dos Recursos do Mar (CIRM).
O espaço escolhido para sediar o campus avançado da Universidade do Mar é a Ilha de Brocoió, situada no arquipélago de Paquetá, um dos locais mais preservados do ecossistema da Baía de Guanabara que abrange a Zona de Amortecimento da Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim e a Estação Ecológica (ESEC) da Guanabara. Com cerca de 80 km² de manguezais com elevado grau de conservação, a Ilha do Brocoió apresenta rica biodiversidade marinha e avifauna. Os limites destas Unidades de Conservação da Natureza (UCNs) compreendem os municípios de Magé, Guapimirim, Itaboraí e São Gonçalo.
Desde setembro de 2021, encontra-se em tramitação na Secretaria de Estado da Casa Civil (SECC) um processo administrativo com o objetivo de promover a cessão de uso da Ilha de Brocoió para a implantação do campus da Universidade do Mar. Nos próximos dias, o Secretário Estadual de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Nicola Moreira Miccione, a Reitoria da UERJ e as instituições parceiras do projeto deverão visitar a ilha, onde finalmente deverá ser assinado o termo de cessão da área para a UERJ.
O objetivo da Universidade do Mar é fomentar o ensino, pesquisa e a extensão universitária com cursos de capacitação profissional para comunidades pesqueiras, projetos de monitoramento ambiental e da biodiversidade marinha.
Para o ecologista Sérgio Ricardo, Cofundador do Movimento Baía Viva e um dos idealizadores do projeto, a Universidade do Mar é um marco histórico para o Rio de Janeiro e para o Brasil. ” Depois de mais de 30 anos de propaganda governamental enganosa com falsas promessas de “despoluição da Baía de Guanabara” e de gastos bilionários em programas que, na prática, geraram poucos resultados reais para o processo de recuperação ambiental integrada da Baía de Guanabara, agora temos a esperança que este pool de instituições acadêmicas sob a liderança e protagonismo da nossa UERJ possa dar contribuições bastante relevantes para a formulação de Políticas Públicas para a superação do sacrifício ambiental das três grande baías fluminenses”, afirmou Ricardo.
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