A UERJ (Universidade do Estado do Rio de Janeiro) já iniciou as celebrações de seus 70 anos, agora em 2020. Está em cartaz no Paço Imperial, na Praça 15, a exposição ‘ESQUELE70’ que conta a história da instituição, com destaque para a construção de sua sede entre Vila Isabel e o Maracanã. A mostra segue até 16 de fevereiro, de terça a sexta, das 12h às 19h; sábados, domingos e feriados, das 12h às 18h.
A ideia de criar a ‘ESQUELE70’ surgiu a partir das pesquisas do professor Luís Reznik, da Faculdade de Formação de Professores. Ele sua equipe levantaram extenso material acerca da história e das características da universidade. A exposição foi dividida em módulos: o primeiro é o “Núcleo histórico”; o segundo, “Campi e entorno”. Em seguida, serão apresentados “Movimentos docentes e discentes” e “Produção científica e Políticas públicas”.
O reitor Ruy Garcia Marques parabenizou o professor Luís Reznik pela idealização da exposição. “Quem enfrentou e passou pela crise sabe que estamos ainda mais fortalecidos”, afirmou, lembrando os momentos recentes de falta de verbas que afetaram a instituição.
“Lembrar a história é certamente refletir sobre as possibilidades e as apostas realizadas no passado. É tirar do silêncio, através de narrativa condensada e organizada, as realizações desta Universidade. Foram muitas e muitos que contribuíram para a ciência e as políticas públicas do país e do Estado do Rio de Janeiro. Por fim, é afirmar para a sociedade em geral que a UERJ está viva e pronta para elaborar novas apostas”, disse o professor Reznik.
LEIA TAMBÉM:
Iazzetta: o Porto tem estrutura, e o ritmo é o do mercado
Fórum apresenta soluções para melhorar a vida no Porto
Providência ganha seu maior mural, por Miguel AFA
O curador da exposição, Marcelo Campos, explicou que a exposição mostra a UERJ em diversas vertentes e traz elementos artísticos da sua realidade. “Além de exibir obras de professores e alunos, a mostra coloca em cartaz obras de artistas já estabelecidos nas artes plásticas, como Carlos Vergara e Maria Oiticica”, afirmou.
A história da UERJ teve início em 4 de dezembro de 1950, com a lei municipal que criou a nova Universidade do Distrito Federal (UDF). Diferente da instituição homônima, fundada em 1935 e extinta em 1939, a nova Universidade ganhou força e tornou-se uma referência em ensino superior, pesquisa e extensão.
Em 1958, a UDF foi rebatizada como Universidade do Rio de Janeiro (URJ). Em 1961, após a transferência do Distrito Federal para a recém-inaugurada Brasília, a URJ passou a se chamar Universidade do Estado da Guanabara (UEG). Finalmente, em 1975, ganhou o nome definitivo de Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Claudia Saldanha, diretora do Paço Imperial e professora do Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues Silveira (CAp-UERJ) lembrou os laços que unem as duas instituições. “O Paço abriu as portas durante o período de greve para que as atividades artísticas da UERJ não fossem interrompidas. E até hoje desenvolvemos projetos em parceria”.