Tecnologia, sustentabilidade urbana e inovação são os eixos para a construção das cidades do futuro. O debate sobre um novo modelo de cidade foi tema do 1º Seminário Rio Metápolis realizado ontem (18) e transmitido pelo canal do Fórum da Alerj de Desenvolvimento. O evento reuniu estudiosos e gestores públicos para pensar os desafios e as soluções voltadas a um futuro mais conectado para o Rio de Janeiro.
O seminário abordou alternativas criativas e sustentáveis para geração de energia, como a utilização da energia solar, através de painéis e telhas fotovoltaicas. Esclareceu ainda como o cooperativismo pode ser uma solução para o desenvolvimento e a recuperação econômica, sobretudo no cenário da pandemia.
O presidente da Alerj, deputado André Ceciliano, reforçou a importância de maior interatividade e conectividade. “O município do Rio cumpre um papel fundamental para alavancar a economia do Estado e nós temos tecnologia e criatividade de sobra. A Alerj está de portas abertas para o debate e para a criação de marcos legais que gerem um ambiente favorável para a inovação e integração do nosso estado”, destacou.
Tendências urbanas
Algumas mudanças já estão acontecendo na cidade. O secretário de Desenvolvimento Econômico, Inovação e Simplificação do município, Francisco Bulhões, falou sobre iniciativas legais que criam novos ritos para o licenciamento de empresas e diálogos para atrair importantes eventos de tecnologia e empreendedorismo para a cidade, como o Web Summit e o LabGov.
“O Rio tem uma grande vocação para pesquisa, tecnologia e produção de ciência. Nós queremos transformar a cidade para o que de fato ela tem vocação e torná-la a capital empreendedora do nosso país”, afirmou Bulhões.
O seminário contou com a participação do Presidente do La Salle Technova Innovation Park, Josep Piqué. Ele foi responsável pela estruturação do 22@Barcelona, um distrito de inovação espanhol que revitalizou uma grande área degradada na cidade.
“Hoje, vivemos um desafio global para repensarmos o que é o território. A tecnologia vai ser a chave para ampliar os territórios e seus talentos, que precisam estar em desenvolvimento para que tenhamos as novas cidades do século XXI. Uma cidade sem economia digital não é mais uma opção. É uma necessidade para que haja desenvolvimento econômico”, afirmou Piqué.
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Tecnologia para um RJ conectado
O encontro virtual também abordou a segurança nas infovias, ou seja, a preocupação com os dados expostos no ambiente virtual, tecnologia 5G e telemedicina.
O deputado estadual Luiz Paulo (Cidadania) comentou sobre o projeto de lei de sua autoria que prevê a implantação do 5G no Rio. “O Estado do Rio de Janeiro precisa urgentemente de um plano estratégico social e econômico e sem conectividade móvel, sem 5G , isso fica muito mais difícil. Verificamos que um dos entraves para implementação dessa tecnologia é a legislação municipal”, disse.
Segundo o deputado, o Estado tem 92 municípios, e “não haverá avanço”, se cada município demorar três anos para aprovar a infraestrutura da tecnologia 5G. “Esse projeto é um estímulo para a implantação da tecnologia de conectividade móvel, para que o Poder Executivo do nosso Estado abrace a iniciativa. É mostrar aos municípios que aderindo ao projeto eles vão estar trabalhando no desenvolvimento social e econômico do Estado”, explicou o deputado Luiz Paulo.