Realizado pela Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), o seminário “Colapso da Mobilidade Urbana: Causas, Efeitos e Soluções” debateu a maior crise de mobilidade urbana do Rio nos últimos 50 anos causada pela pandemia. O evento foi organizado pelos Presidentes dos Conselhos Empresariais da ACRJ de Competitividade e Ambiente de Negócios, Irini Tsouroutsoglou, e de Logística e Transporte, Delmo Pinho.
No evento ficou decidido que será iniciado um movimento conjunto do setor que produzirá um documento oficial a ser encaminhado pela ACRJ às autoridades do Executivo e do Legislativo estadual e municipal listando causas e efeitos do atual panorama de degradação dos sistemas e seus reflexos no cotidiano dos passageiros. O movimento contará com lideranças das concessionárias de transportes públicos do Rio de Janeiro e entidades do segmento.
A Diretora-Executiva da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), Roberta Marchesi explicou que houve uma retração de demanda de mais de 50% nos últimos dois anos em relação a 2019. “Menos 57% de demanda de março a dezembro de 2020 e menos 51% de janeiro a setembro de 2021. A pandemia trouxe alterações econômicas e sociais permanentes, que estão alterando padrões de comportamento social, com impactos, dentre outros, sobre a mobilidade urbana”, declarou.
Aposta na bilhetagem eletrônica
O Diretor da Confederação Nacional do Transporte (CNT), Bruno Batista, apresentou uma pesquisa feira pela instituição, destacou que houve uma redução de 35,6% de passageiros pagantes nos sistemas de transportes e defendeu uma série de ações. “Implantação de redes modernas, integradas, multimodais, racionais e de alto desempenho, sendo mais flexível para os usuários em relação ao acesso, utilização e pagamento”, frisou, entre outras iniciativas.
A bilhetagem eletrônica foi outro ponto bastante debatido no evento. Tsouroutsoglou lembrou a importância dessa tecnologia para a eficiência do sistema de transporte. “A bilhetagem eletrônica é uma ferramenta fundamental, uma política social para uma integração ampla, envolvendo todos os municípios da Região Metropolitana, auxiliando a mobilidade urbana, compreendendo todos os modais”, afirmou Irini Tsouroutsoglou.
O seminário também contou a participação do Presidente da ACRJ, José Antonio do Nascimento Brito; do Presidente da Fetranscarga, Eduardo Reduzir; do Presidente do Rio Ônibus , João Gouveia; do Presidente da CCR Barcas, João Daniel Marques da Silva; do Presidente da Fetranspor, Armando Guerra; do Professor da Universidade de São Paulo (USP), Francisco Satiro; e do advogado e sócio do Mubarak Advogados, Elias Mubarak.
LEIA TAMBÉM:
Prêmio Visão Consciente prorroga inscrições para 31/10