Ricardo Bruno
Fechado há quase quatro anos, o imponente Edise, prédio sede da Petrobras, na avenida Chile, Centro, será finalmente reformado. As obras começam no segundo semestre. A decisão de recuperá-lo imediatamente é da presidente Magda Chambriard e faz parte de um conjunto de medidas que visam a resgatar os símbolos da maior estatal brasileira.
Há o atendimento de que no governo de Jair Bolsonaro houve um planejado movimento de desmonte da empresa, com a venda de ativos, e a liquidação de marcas e símbolos, como BR Distribuidora, com o objetivo de facilitar sua privatização.
Para os petroleiros, não há simbolismo maior. O Edise está para categoria assim como La Bombonera está para os torcedores do Boca Juniors. É um espaço sagrado de reverência ao nacionalismo da luta expressa pela campanha “o petróleo é nosso”.
Durante o governo Bolsonaro, a sede da empresa foi transferida para um prédio alugado na avenida Henrique Valadares. Com a promessa de modernização dos espaços, o edifício, na verdade, permaneceu lacrado e somente agora por decisão da atual presidente o projeto de modernização sairá do papel.
A modernização do Edise será também um presente ao Rio de Janeiro. Vai alavancar a revitalização de Centro da cidade, em sinergia com as medidas já adotadas pelo prefeito Eduardo Paes. A Petrobras fará ainda a reforma da estação do bondinho de Santa Teresa, próxima aos Arcos da Lapa.
Serão implementadas medidas de sustentabilidade, de design inclusivo, além do modelo de smart-office, no qual a ocupação e a gestão dos escritórios é mais eficiente por meio de soluções tecnológicas como agendamento de salas de reunião e estações de trabalho por aplicativo.
(site Agenda do Poder)