A guarajuba é uma árvore que só nasce no Estado do Rio e, segundo os cientistas, em 2015 só restavam 219 delas na natureza, o que a coloca em alto risco de extinção. Para tentar evitar que isso ocorra, neste mês foram plantadas 600 sementes e 2 mudas na Enseada Bananal, em Niterói.
Os esforços para a preservação da guarajuba (Terminalia acuminata) estão sendo desenvolvidos por equipes da Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade (Seas) e do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), do Jardim Botânico do Rio de Janeiro.
A guarajuba é uma árvore de grande porte com troncos largos na base e mais finos na parte superior, que pode chegar a 30 metros de altura. Ela apresenta grande valor, sendo considerada uma madeira de lei. Um dos motivos para o seu desaparecimento ao longo dos anos pode ter sido a sua utilização sem controle na fabricação de embarcações e de móveis.
Guarajuba foi considerada extinta em 1998
Durante muitos anos, não houve registro da guarajuba na natureza, que foi considerada extinta em 1998 pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), autoridade mundial em listas de espécies em desaparecimento.
Em 2011, pesquisadores do Jardim Botânico do Rio informaram que haviam identificado 3 exemplares nos canteiros da própria instituição. A redescoberta da guarajuba foi quase um acaso, em meio aos trabalhos do CNCFlora para atualizar a Lista de Espécies da Flora Brasileira Ameaçadas de Extinção. Até hoje, pouco se sabe sobre esta árvore. Seu tempo de vida, a quantidade de vezes que floresce e frutifica são ainda desconhecidos.
Em 2015, o Jardim Botânico informou que um pesquisador localizou um exemplar no Parque Municipal de Grumari, na Zona Oeste do Rio. A partir daí, outras pesquisas localizaram remanescentes no Parque Estadual da Serra da Tiririca, em Niterói. E as descobertas não pararam por aí. A guarajuba também foi localizada no Parque Estadual do Mendanha, em Nova Iguaçu; no Parque Nacional da Tijuca e no Parque Natural Municipal da Cidade, na Gávea.