Morreu aos 78 anos Zeca Borges, o criador e coordenador do programa Disque Denúncia. Borges foi vítima de um infarto, segundo informações da assessoria do serviço. Criado em junho de 1995, o programa chegou aos 26 anos em 2021. Até 2020, o serviço ajudou a prender e a autuar 20 mil criminosos graças a denúncias anônimas de vítimas ou testemunhas de crimes. Com o sucesso da iniciativa, o projeto se expandiu para todos os estados brasileiros, além da Argentina e do Chile.
Quando o Disque-Denúncia completou 26 anos, Borges publicou um texto nas redes sociais da ação elencando os fatos importantes nos quais o Disque-Denúncia ajudou a prender criminosos:
“Mais de 2,7 milhões de denúncias e 218 mil horas de serviço em mais de 9 mil dias de trabalho, ajudaram as polícias a combater o crime no Rio de Janeiro. Ajudamos a autuar a prender mais de 20 mil criminosos. Participamos de apreensões de armas e drogas, atuamos no desmantelamento de quadrilhas de roubos de cargas, auxiliamos na localização de pessoas desaparecidas, lutamos contra os crimes ambientais e até mesmo contra o coronavírus. Em todos esses momentos nós estávamos lá. E sempre estaremos.”
Amigos e entidades lamentam perda do criador do Disque-Denúncia
O governador Cláudio Castro enviou uma nota lamentando a morte de Zeca Borges.
“O Rio de Janeiro perdeu um dos maiores defensores da paz e da justiça em nosso estado. Zeca Borges criou e coordenou o Disque-Denúncia, uma das mais poderosas ferramentas à disposição da sociedade, que ajudou a prender mais de 20 mil criminosos. Uma iniciativa pioneira e inestimável para a segurança pública tão bem-sucedida que foi levada a outros estados e países. Expresso minha gratidão pelo trabalho fundamental e pelo legado que Zeca nos deixou e minha profunda solidariedade à família e aos amigos.”
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Ex-presidente da Cedae e atual diretor da Alerj, Wagner Victer também lamentou a morte de Borges, de quem era amigo pessoal.
“O Zeca Borges foi um dos caras mais sensacionais que o Rio De Janeiro teve ! Não ficava teorizando sociologicamente. Ele atuava e fazia! Convivemos muito quando estávamos na CEDAE e viramos um dos financiadores do Disque Denúncia que estava por quebrar por falta de patrocinadores e via seu empenho na luta por manter um dos mais sérios projetos de segurança do País. Que Deus conduza sua caminhada e ele merece todas as homenagens!”.
Importantes entidades como a Firjan também lamentaram a partida de Borges, um carioca de Porto Alegre como gostava de se definir.