O Rio de Janeiro inaugura na próxima quinta-feira, 30/09, a segunda maior usina termoelétrica do País. Trata-se da GNA I, no Porto do Açu, em São João da Barra, no Norte Fluminense. A inauguração acontece em meio a uma das piores crises energéticas do Brasil no século XXI.
Com capacidade instalada para 1.338,30 megawatts (MW) e movida a gás natural, essa será a segunda maior termelétrica em operação no país. A maior no Brasil hoje é a Porto de Sergipe I, com 1,5 mil MW de capacidade instalada
A nova unidade, que está em período de testes, adicionará ao Sistema Interligado Nacional (SIN) potência para abastecer até quatro milhões de pessoas na região Sudeste, a que mais consome energia no país.
De acordo com a Empresa de Pesquisas Energéticas (EPE), das termelétricas com obras em andamento essa é a única que tinha inauguração prevista para 2021. Segundo a operadora da usina, a Gás Natural do Açu (GNA), uma joint venture formada por BP, Siemens SPIC Brasil e Prumo Logística, controlada pela EIG Global Partners, o investimento na instalação da unidade foi de um bilhão de dólares.
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Projeto prevê nova termelétrica no Açu em 2024
A GNA-I reforçará o SIN em um momento no qual o país atravessa uma grave crise energética, provocada por estiagem nos reservatórios das hidrelétricas, o que tem aumentado o acionamento das térmicas.
O Complexo Termelétrico Gás Natural do Açu tem previsão de expansão. O projeto contempla uma segunda usina, a GNA II, com potência ainda maior: 1.672,6 MW, também movida a gás, e com inauguração prevista para 2024. Quando ficar pronta, a unidade fará do complexo o maior do gênero em toda a América Latina.
Os principais projetos de expansão energética com base em geração de termelétricas ficam no Rio de Janeiro. Isto porque o estado concentra 65% das reservas brasileiras de gás natural, apontado por especialistas como combustível ideal para a transição energética. Boa parte dele é extraído da camada do pré-sal da Bacia de Santos.