O projeto Maraey, resort previsto para ser implantado em Maricá, a 45 km do Rio, quer se tornar o principal empreendimento turístico-imobiliário sustentável do país. Para isto, nesta semana, anunciou que vai tratar todo o esgoto gerado no complexo com tecnologia terciária, que transforma o efluente em água de reuso.
Com o investimento estimado em R$ 11 bilhões, o projeto do resort promete gerar 36 mil empregos. A aposta no modelo de saneamento, considerado o mais eficiente do país, é uma forma de tentar vencer as resistências de movimentos ambientalistas e sociais que se opõem ao projeto.
Em seu braço turístico, o empreendimento prevê 4 hotéis 5 estrelas, podendo receber, em média, 300 mil turistas por ano. O resort também pretende investir no conceito Smart City, com serviços integrados como escola, hospital, universidade de hotelaria, shopping e negócios, além de inúmeras atividades de lazer e esportivas.
Resort promete sustentabilidade
O empreendimento projeta reaproveitar a água proveniente das estações de tratamento de esgoto (ETEs) do complexo. O sistema estima produzir cerca de 60 litros por segundo de água de reuso, o que possibilitaria a irrigação de uma área aproximada de 380 mil m². O efluente proveniente das ETEs, após tratamento, será utilizado nos sistemas de irrigação de jardins nas áreas comuns e públicas dentro do empreendimento.
Como a Maraey quer reutilizar o esgoto em Maricá:

“O saneamento básico é importantíssimo para o desenvolvimento sustentável. Sabemos que a água é um recurso finito e temos a preocupação e o compromisso de fazer o uso responsável deste recurso, sobretudo em Maricá. Temos o compromisso de eliminar o uso de água potável para manutenção do seu paisagismo. Esse modelo de sustentabilidade é um conceito do projeto de convivência harmônica, entre o patrimônio natural e a presença de pessoas (moradores, turistas e visitantes) na região”, afirma Luciana Andrade, diretora de Sustentabilidade de Maraey.
O empreendimento, que conta com capital de empresas da Espanha, ainda depende de licença para a sua construção, junto ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Só após a liberação será permitido o início das obras de infraestrutura.
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