A Prefeitura do Rio prepara um fundo de desenvolvimento da aviação, para estimular novos voos no Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão. O fundo deve ser anunciado na próxima semana pelo prefeito Eduardo Paes, durante visita do presidente Lula ao Rio. A iniciativa será uma parceria entre a InvestRio (agência de fomento do município) e a RIOgaleão, concessionária que administra o aeroporto.
A medida só se tornou possível após o anuncio de que o TCU (Tribunal de Contas da União) concordou com a possibilidade de a concessionária continuar à frente do negócio. Em 2022, a RIOgaleão havia solicitado a saída da concessão, porém neste ano voltou atrás e retomou as conversas com o Governo Federal pedindo a revisão de condições de seu contrato.
Segundo o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, Chicão Bulhões, a decisão do TCU foi muito favorável aos interesses da cidade. “A possibilidade de resolver o problema por esse caminho (sem a relicitação), é positiva e vai contribuir muito com o compromisso firmado pelo presidente Lula de coordenar os aeroportos do Rio”, disse o secretário. Para ele, essa é a solução que dá maior segurança para as companhias aéreas voltarem a investir no Estado e acreditarem na retomada do Galeão.
A concessionária informou que vai seguir com as negociações para permanecer à frente do Galeão. Em nota, disse que “reafirma seu interesse em buscar uma solução conjunta com o Governo Federal, que permita ao RIOgaleão manter a operação aeroportuária, respeitadas as condições estabelecidas pelo Tribunal”.
Galeão também é tema de proposta do governador
Além do fundo que está sendo preparado pela Prefeitura do Rio, o governador do Estado, Cláudio Castro, já havia lançado a ideia da criação de uma SPE (Sociedade de Propósito Específico) pela qual a RIOgaleão pudesse ser contratada também para gerir o Aeroporto Santos Dumont. Essa gestão integrada seria um caminho mais rápido para diminuir os voos no aeroporto central da cidade e aumentar os números de conexões no Galeão.
A ideia foi apresentada em junho pelo governador, após reunião com o presidente Lula e o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Na SPE também fariam parte a Infraero, o Governo do Estado e a Prefeitura do Rio. A proposta, ainda em fase de estudos, teria sido feita originalmente por Costa, segundo Cláudio Castro.