Após 12 anos de atuação, o Programa de Monitoramento de Tartarugas Marinhas do Porto do Açu (PMTM) superou a marca de liberação de 1 milhão de filhotes na Reserva Caruara, em São João da Barra, no norte do Estado do Rio.
A reserva é uma unidade de conservação mantida pelo Porto do Açu, controlado pela empresa Prumo Logística. A unidade, com 40 km², é considerada a maior reserva privada em extensão no Estado do Rio e a maior do país dedicada à preservação de restingas, um dos ecossistemas mais ameaçados do país.
O Porto do Açu tem o terceiro maior terminal de minério de ferro do Brasil e é responsável pelas operações de 25% das exportações brasileiras de petróleo. O local abriga a maior base de apoio offshore do mundo, sendo usado pela Petrobras e outras grandes empresas petrolíferas.
Porto do Açu faz programa educativo
A região é área prioritária de desova da espécie de tartaruga marinha Caretta caretta, conhecida como cabeçuda, ameaçada de extinção. O PMTM tem o objetivo de identificar, proteger e monitorar os ninhos de tartarugas ao longo de 62 km do litoral Norte Fluminense – do pontal de Atafona, em São João da Barra, até a Barra do Furado, em Campos -, desde a desova até a liberação dos filhotes ao mar.
Equipes do programa também realizam um trabalho educativo ao longo de todo o ano, com o envolvimento de escolas, banhistas e pescadores, buscando conscientizar a população sobre a importância da preservação da espécie. O programa já realizou mais de 100 ações de soltura abertas ao público, que agora são feitas sem visitantes, devido à pandemia. Segundo o Porto do Açu, mais de 14 mil ninhos de tartarugas já foram identificados e protegidos.
O trabalho de conservação realizado pelo Porto do Açu é voluntário e se enquadra no programa de incentivo e apoio às RPPNs (Reservas Particulares do Patrimônio Ambiental), do Inea.