PIB do RJ apoia licitação conjunta do Galeão e S.Dumont | Diário do Porto


Economia

PIB do RJ apoia licitação conjunta do Galeão e S.Dumont

Fecomércio RJ e Firjan consideram positiva a concessão unificada dos aeroportos Santos Dumont e Galeão. Mas fazem alertas e pedem celeridade no processo

12 de fevereiro de 2022

Aeroporto Internacional do Rio, o Galeão, incomoda os aeroportos dos Estados vizinhos (Galeão/Divulgação)

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Fecomércio RJ e Firjan apoiaram a licitação conjunta dos aeroportos do Galeão e Santos Dumont anunciada quinta-feira, após a Concessionária Changi informar que vai deixar a operação do Galeão. As duas maiores entidades setoriais do Rio de Janeiro entendem que o novo modelo fortalece o sistema Multiaeroportos do Estado, o que era uma das principais reinvindicações do setor produtivo fluminense.

“A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) considera positiva a realização da concessão conjunta dos terminais aeroportuários da cidade do Rio de Janeiro, já que os dois constituem um sistema Multiaeroportos, atendendo a uma mesma região – a Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ). A operação coordenada entre o Galeão/Tom Jobim e o Santos Dumont está em consonância com o que a federação vem propondo nos últimos anos ao governo federal e defende na nota técnica “Sistema Multiaeroportos do Rio de Janeiro”, produzida em 2021”, informou a Firjan em nota.

Entidade que responde por 70% do PIB do Estado, a Fecomércio RJ lamentou a saída da Changi. Mas acredita que a desistência da concessionária abriu excelentes perspectivas para a economia do Estado.

“Evidentemente um bom concessionário desistir de uma concessão é sempre uma perda, e no caso o controlador do Galeão é o Aeroporto de Changi, de Singapura, considerado o melhor concessionário aeroportuário do mundo, segundo os usuários. Todavia, uma vez já definida e aceita a devolução, abrem-se novas e excelentes perspectivas para a concessão conjunta Galeão e Santos Dumont. Os problemas de desbalanceamento e competição predatória entre os dois ativos não vão mais existir, visto que o concessionário vai tentar extrair o máximo resultado da cooperação operacional entre os dois. Assim, é plenamente viável que a nova modelagem, discussões etc vão resultar num leilão bastante competitivo dos dois ativos, num só negócio, no segundo semestre de 2023. Agora, o Rio de Janeiro vai ser de fato um competidor de peso apreciável no cenário aeroportuário nacional, o que permite antever em futuro próximo um retorno de muitas linhas e frequências aéreas ao mercado do Rio”, afirmou Delmo Pinho, Assessor da Presidência da Fecomércio RJ e representante da Federação no Grupo de Trabalho que vinha debatendo alterações na licitação do Santos Dumont.

Entidades pedem celeridade e cláusula de barreira na licitação

Apesar da aprovação conjunta, as duas entidades demonstraram preocupação com questões inerentes ao processo e alertam para possíveis pontos de conflito na nova licitação. A Firjan pede celeridade na nova licitação e que sejam tomadas ações imediatas para que o Galeão recupere sua competividade. “Destacamos, no entanto, a necessidade da celeridade no processo de concessão dos dois terminais; e, durante o período de estruturação do novo edital, a necessidade de implementação de medidas para reequilibrar a conectividade do aeroporto internacional. A competição desenfreada entre os dois terminais cariocas ocasiona perdas profundas para a economia fluminense, em especial para o transporte de cargas”

Pinho, da Fecomércio RJ, adverte que deve ser criada uma cláusula de barreira que evite a participação no leilão de operadores de aeroportos concorrentes dos terminais do Rio “É fundamental que haja uma cláusula de barreira em participantes na licitação, de forma que os hubs concorrentes do Rio não possam participar, e se evite a formação de um monopólio privado, que prejudique a concorrência e os usuários. Neste novo momento são excelentes as perspectivas do Rio voltar a ser um player de primeira grandeza no cenário da aviação civil no Brasil” completou.


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