A Petrobras pretende ser a líder em produção de etanol no país, até 2050. Para isso, projeta retornar a esse mercado com investimentos de R$ 14 bilhões, nos próximos cinco anos. O plano é continuar sendo relevante em um cenário de declínio do uso de combustíveis fósseis, como a gasolina e o diesel.
O lançamento do Plano Estratégico 2050 e Plano de Negócios 2025-2029 da Petrobras foi realizado na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). A presidente da empresa, Magda Chambriard, e os diretores da companhia apresentaram as metas de curto e médio prazos, com investimentos de R$ 640 bilhões, a maior parte ainda em exploração e produção de petróleo, mas prevendo diversificação em energias renováveis, a partir de projeto de longo prazo, com reflexões sobre o futuro do planeta.
Na área de refino, o investimento proposto sobe de R$ 97 bilhões para R$ 114 bilhões, com o avanço de obras no Complexo Boaventura, antigo Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro), e na Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco.
Na abertura do evento que contou com 325 empresários fluminenses, o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, ao recepcionar a diretoria da Petrobras, destacou que a previsibilidade de contratação é peça chave no planejamento de qualquer negócio. “A visão de futuro da Petrobras define as estratégias de empresas locais e globais”, afirmou Caetano.
Petrobras procura energias renováveis e neutralidade de carbono
Magda Chambriard enfatizou que o foco da estatal, que tem sede no Rio de Janeiro, continuará sendo a exploração e produção de gás e petróleo. Mas haverá diversificação em investimentos para energias renováveis e projetos para neutralidade na emissão de carbono, estando de acordo os protocolos do Acordo de Paris para o combate ao aquecimento global.
A Petrobras já teve ativos no setor do etanol, que foram vendidos no governo do presidente Michel Temer. A ideia agora é fechar parcerias com empresas que já operam neste mercado, rapidamente, e em grande escala. O foco em biocombustíveis será maior do que na produção de energia eólica ou solar, pois a atual direção da empresa pretende ter mais concentração em sua infraestrutura atual, voltada para líquidos.
Os planos preveem também a entrada da Petrobras nos mercados de combustíveis sustentáveis de aviação, de biometano e de metanol sustentável. A empresa pretende manter sua participação de 31% sobre o fornecimento de energia ao Brasil em 2050, quando 8% a 10% da fatia da empresa virá de energias renováveis, segundo o seu planejamento estratégico. Os outros 90% ainda continuarão vindo do petróleo e do gás natural.
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