Nas esquinas de Tóquio
Vicente Dattoli
Sabe aquela história de que não tem mais ninguém bobo no futebol? Pois é…No Futebol de 5, praticado por deficientes visuais, acontece exatamente a mesma coisa. Nos Jogos Paralímpicos, o Futebol de 5 é disputado desde 2004, em Atenas – naquela ocasião, a final foi entre Brasil e Argentina. E deu Brasil. Depois vieram Pequim, Londres, Rio de Janeiro. E o Brasil sempre foi o campeão.
Para complicar ainda mais, ou melhor, para aumentar a responsabilidade, a equipe brasileira jamais foi derrotada. E tem Ricardinho, eleito por três vezes o melhor jogador da modalidade. Em Tóquio, mais uma vez o Brasil irá decidir a medalha de ouro. E outra vez contra quem? Sim. Ela. A Argentina.
O jogo será na madrugada de sábado. Para chegar lá, porém, o Brasil sofreu. Na semifinal, contra o Marrocos, a vitória veio. Foi apenas 1 a 0, com gol contra. E faltando 40s para o fim da partida por muito pouco os marroquinos não empataram – outro detalhe: o Brasil ainda não sofreu gol na Paralímpiada de Tóquio. O jogo contra os argentinos promete.
Mais do que o ouro, os “hermanos” desejarão quebrar esta longa invencibilidade brasileira. E o Futebol de 5 tem muito contato, muitas faltas. Já imaginaram o que vem por aí, não é mesmo? Mas não é só no futebol de 5 que o Brasil fará a final, não.
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Ouros que vêm da água
Também no Golbol masculino estamos na luta pelo ouro. Na semifinal, repetindo o jogo de estreia, batemos a Lituânia (atual medalha de ouro) e vamos decidir o título. O mesmo não aconteceu com as meninas, que perderam nos pênaltis para os Estados Unidos e vão brigar pelo bronze – o mesmo acontecerá com a equipe masculina de vôlei sentado, batida pelos russos na semifinal. Tivemos, porém, muito mais a comemorar nesta quinta-feira.
Alessandro da Silva levou o segundo ouro consecutivo no lançamento do disco; Talisson Glock ganhou sua terceira medalha em Tóquio, desta vez o ouro nos 400m livre; e Gabriel Geraldo, o Gabrielzinho, conquistou sua segunda medalha dourada, vencendo os 50m livre. Chegamos aos dois últimos dias de competições com chances, ainda, de bater o número de medalhas de ouro de Londres (foram 21) e podendo ficar no top 5. Vamos torcer!